Sua 1° contratação de start-up no trabalho é questão de tempo! Mas como startá-la?

A pergunta a plateia foi: quantos de vocês já trabalham com uma start-uo ou Fintech? Uns 15% dos participantes levantam a mão. Pergunta seguinte: quantos de você pretendem trabalhar com uma uma start-up ou Fintech? Aproximadamente mais uns outros 20%.

O público quem era? Participantes da Eurofinance, um evento de finanças direcionados a tesourarias corporativas do grupo da revista britânica The Economist, na sua maioria composto de tesoureiros de corporações. Um ceticismo contraditório, o tópico estava na agenda com bastante antecedência e acabaram-se as vagas disponível essa discussão na plenária.

O que explica apenas uns 35% trabalharem ou acharem que vão trabalhar com Fintech ou start-ups no futuro? Não tenho certeza, mas tenho algumas hipóteses:

1) Acreditar que sua empresa é muito grande e não precisa de empresas pequenas para entregar uma solução. Podemos desenvolver nossa própria solução.

2) “Eles não conhecem nosso sistema ERP, não faz sentido”

3) Insegurança que seu trabalho será substituído fazendo isso

4) Não ter uma dor não resolvida

5) Todas as anteriores

Gostaria de elaborar um pouca sobre cada uma das hipóteses (afinal, eu as criei).

 1 – Acreditar que sua empresa é muito grande e não precisa de empresas pequenas para entregar uma solução - Esse é justamente a razão para buscar colaboração. Você não precisa e dificilmente terá dentro da sua empresa especialista em novas tecnologias em todos os campos de conhecimento. Se estamos discutindo uma nova aplicação do mercado, quando sua empresa estiver pronta para lançar uma aplicação semelhante, o mercado já haverá migrado para próxima aplicação para aquela utilidade

2 – “Eles não conhecem nosso sistema ERP, não faz sentido” - pessoal de start-up normalmente conhecem um pouco de todos ERP, mas não precisam. Eles precisam no máximo saber como enviar e receber dados do seu sistema para aplicação deles. Muitas vezes a solução inclusive é não integrar e se ganha em eficiência.

3 – Insegurança que seu trabalho será substituído fazendo isso - Na verdade nosso trabalho passou a ser integrar essas novas soluções. Não se trata de substituir, mas adaptar a uma nova demanda. Aliás no futuro só se tratará de aprender como lidar com novas demanda.

4 – Não ter uma dor não resolvida - Também não sabíamos que tínhamos uma dor de ter uma aplicação única para pedir comida. Eu tinha o número de vários restaurantes e tudo bem funcionava. Só que hoje as opções são infinitamente maiores e é muito mais prático.

Mas nem tudo são flores. Os argumentos acimas não torna o trabalho de integrar uma start-up no dia-a-dia de uma empresa fácil e acredito eu ainda estou aprendendo como isso vai funcionar. Minha experiência fez com que eu pudesse enumerar alguns dos que considero os principais desafios:

- Empoderamento. Posso contratar uma start-up? De quem é o mandato? Muito provavelmente ninguém vai te dar essa resposta. Se você tem um prestador de serviço que entende que com uma aplicação pode resolver um problema seu, lute para contratá-lo. É aí que você terá que usar aquela competência empreendedorismo que sempre achou que não fazia sentido na sua carreira de empresa, pois não tratava-se de uma empresa sua. Qual o caminho? Descubra...

- Posso contratar a start-up? Não é compras? Não é TI? A resposta correta para esse desafio também não existe. Mas muito provavelmente a resposta é que você é que tem que contratar, claro que devidamente alinhado com a área de IT e compras. Não que com quem alinhar dentro da empresa estará claro, mas as empresas estão cada vez mais preparadas para lidar com esse tipo de dúvida.

- Os gastos de contratação (custo de serviço ou licença) são classificados como, custo de TI? Como contabilizamos? Precisa aprovação central de TI? Provavelmente essa não seria a contabilização mais correta. Se você pensar em finanças seria como pagar o custo de um broker, ou uma corretora, logo seria um custo discricionário de prestador de serviço, mas não deixe isso ser a barreira para encontrar uma solução

- Podemos ter um sistema diferente na nossa região (se sua empresa for global)? Essa é a pergunta de ouro hoje em dia. Até alguns anos atrás a eficiência de grandes corporações estava em buscar sistemas globais com poucas customizações regionais. Hoje em dia a velocidade e customização são chaves para uma empresa estar a frente da sua concorrência. Achar o equilíbrio de soluções globais eficientes e outras aplicações locais com implementação rápida será um dos pilares de organizações eficientes.

- Minha equipe esta pronta e preparada? Provavelmente não. O perfil do colaborador que trabalha em start-up costuma ser bem diferente de quem trabalha em médias e grandes empresas. A colaboração no dia a dia nem sempre se dá de maneira tão simples. Mas se você não começa a preparar sua equipe para vivenciar esse meio, dificilmente eles vão aprender com treinamento.

- Minha equipe tem tempo? Difícil responder, mais provavelmente não também, afinal, quem trabalha com margem de manobra em tempos de eficiência máxima. Se sua equipe precisar trabalhar 140% para entender que com a aplicação voltarão aos 110% pode ser que se motivem por um tempo. Mas a entrega precisa vir. Caso contrario eles delegação a entrega a um estagiário ou muito provavelmente procrastinarão e a entrega não virá.

Conclusão: trabalhar sem colaboração e cooperação no futuro será quase impossível. Saber trabalhar com start-ups é o que vai determinar quem serão as tesourarias ou outras áreas da empresa que serão entendidas como agregadoras de soluções ao negocio e as que serão simplesmente automatizadas e operacionalizada por robôs, independentemente de eles estarem hospedados no seu centro de serviços compartilhados ou na sua matriz. Faça sua escolha.