Aumenta o "gap" entre as empresas que entenderam o terremoto na economia, e as envelhecidas, que apenas sobreviveram a primeira peneira

Aumenta o "gap" entre as empresas que entenderam o terremoto na economia, e as envelhecidas, que apenas sobreviveram a primeira peneira

Em quase dois anos de participação no Linkedin e outras redes sociais com perfil semelhante, de interação com recrutadores e headhunters, e com empresas diversas, percebi o quanto aumentou a distância entre os novos, os renovados, e os quase sem fôlego.

Vamos começar pelo atendimento ao candidato, pela atenção desde a aplicação à vaga até o desfecho do processo. Há sim, empresas, recrutadores e headhunters que posicionam o candidato a cada etapa, e dão o feed-back respeitoso, profissional, e acima de tudo inteligente. Há também, e muitos, headhunters e recrutadores, que lamentavelmente perderam o passo, continuam na posição de semideuses, sentindo-se donos do futuro de muitos, e a cada etapa de um processo simplesmente deletam os que não vão a frente. "Não perdem seu tempo" com quem não interessa mais. A postura desrespeitosa independe do porte da empresa, do nome do headhunter, e da "experiência" do recrutador.

Agora vamos para o setor de compras, suprimentos, supply chain. O terremoto deu ainda mais importância aos que contratam e compram. Eram, e agora mais do que nunca são, fundamentais à sobrevivência de boa parte dos fornecedores. Muitos se perderam nesta nova posição, e algumas empresas não perceberam a forma pouco profissional, arrogante, até debochada, de seus semideuses que aprovam e contratam fornecedores. Dê poder a uma pessoa, e a conheça de verdade! Mais uma vez, as empresas novas e renovadas perceberam que podem ganhar em imagem e negócios futuros, escolhendo melhor quem interage com os fornecedores.

Por fim, os profissionais de qualidade, tanto na ponta inicial da cadeia produtiva (aprovação de fornecedores) quanto na final (vendas e pós vendas). Aqui o erro é mais crasso. Normalmente povoado por tecnocratas, que falam seu idioma próprio, os semideuses da qualidade pouco entendem que o mundo externo é importante e tem suas dificuldades, e que a troca de experiência vale muito no negócio dos dois. Outra vez as empresas novas e renovadas pularam a frente, entenderam que aqui o profissional precisa ser diferenciado, hábil, educado, usar o idioma, e pensar, como o interlocutor.

A crise não tem só selecionado empresas pelo fôlego financeiro. Alguns sobreviventes que conseguiram passar na peneira , serão segregados por outras peneiras que estão ai, e logo se farão sentir!



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