A paranóia do networking a qualquer custo

Há dias atrás encontrei um amigo e perguntei sobre o curso de MBA que estava fazendo. Ele respondeu que o conteúdo em si estava normal,  nada de extraordinário, mas o networking era o que valia a pena.

Não foi a primeira vez que ouvi tal afirmação. Pagar um curso caro para apenas fazer networking é inteligente?

 Da mesma forma vejo anúncios de palestras, normalmente de autoajuda ou de energização, comuns nos meios de RH, em que o organizador coloca como atrativo:  “ venha fazer seu networking”. Eu pergunto, a palestra é o que interessa  ou o networking?

O fato é que sinto certa ansiedade em se fazer networking por parte de algumas pessoas. Às vezes me parece uma atitude forçada, falsa, com abordagem desajeitada, culminado com a entrega de um cartão de visitas.

Acho o networking fundamental, importante ferramenta profissional, porém ao se transformar a atividade meio em atividade fim, retirando-se a naturalidade das relações humanas, passa a ser uma patologia. Incomoda a insistência de pseudo gurus, palestrantes, ou profissionais de carreira, insistirem em propagandear  o networking pelo  networking.

A formação de uma rede de conhecidos, de parceiros futuros, precisa ser natural, fruto de um conhecimento mútuo perene, e que leve a confiança e referência. Forçar a barra, na esperança de ter uma rede gigante, mas sem nenhuma qualidade, é paranoia!