A busca desenfreada por um estereótipo profissional

A busca desenfreada por um estereótipo profissional

Enquanto a inteligência artificial e o algorítmico podem ser aliados em busca de entender a essência humana, humanizando as relações, o contrário pode ser verdadeiro quando a robotização adentra o humano, desumanizando, rotulando as pessoas em busca da perfeição.

Não que robôs não tenham inteligência artificial, refiro-me metaforicamente na busca pela perfeição e produtividade no humano, categorizando-o como máquina.

Antes de querer desenvolver todas as características humanas em uma só pessoa, entenda que isso é desumano.

Você rotula e segrega as pessoas em busca de um "super-humano".

Nosso jeito de ser com nossas preferências, condições e experiências, são adquiridas desde a gestação, até minutos antes ao dia em que fechamos os olhos com a experiência da morte.

Você pode aprender a se expor em público, mas se não for do seu estilo ser assim, entenda que deve respeitar a sua essência e ter cautela, por exemplo, estando consigo mesmo em determinados momentos, relaxado, a favor da sua saúde mental.

Entenda também que determinados comportamentos são evitáveis e você precisa estar atento.

Existem ainda, atitudes, funções mentais e estilo de vida que provavelmente você nunca terá, porque é difícil adquirir um comportamento oposto da noite para o dia. E há outros que você não tem, porque faltou referencial ou não é da sua condição genética. E tem outros que simplesmente não são do seu agrado ou do seu querer desenvolvê-los.

Procure descobrir suas características, preferências, forças e potencialidades para então aprender a colocá-las a seu favor. A partir daí, quem sabe combater possíveis armadilhas àquelas não desenvolvidas!

Não entre nesta busca desenfreada por ser melhor e melhor, atendendo exigências de terceiros ou um estereótipo profissional, sacrificando suas preferências e naturalidade.

Observe o que está sendo colocado e responda algumas perguntas:

  • É possível inserir este novo comportamento?
  • Ele é humano?
  • Ele me tira da zona de conforto? Mexe comigo para outras perspectivas e experiências?
  • Ele não me aprisiona ou causa-me estresse?

Refletidas e respondidas, pense:

Quem rotula e busca por um "super-humano", é desumano, ou seja, não respeita valores humanos.

Não deixem rotular você ou mesmo não rotule-se! Não permita a robotização e padronização de comportamentos.

Vejo inúmeros comportamentos exigidos em profissionais hoje em dia, tentando atender a um estereótipo ou exigência insana por produtividade, sem o entendimento de que as pessoas não tem todas as características humanas.

Esteja conscientizado das suas forças para que apresente ao mercado de trabalho o que tem de melhor.

Suas qualidades precisam ser entendidas primeiro por você e depois pelo outro.

Ninguém é perfeito ou tem uma lista infinita de características, onde se espera tudo no mesmo humano.

É preciso aprender a exaltar as características de fato; da sua essência, afim de não gerar falsas expectativas, considerando-o uma máquina programada e robotizada.

Quer um robô programado? Busque por tecnologia.

Descubra qualidades e potencialidades em si e nos outros. Forme parceiros e alie-se também à pessoas que são opostas a você. Agregue diferentes personalidades à sua equipe para compensar o que um não tem, a favor do equilíbrio das relações.

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