Coluna do Gui Tsubota #10
Coluna publicada no Jornal Destak, 26/Julho/2018
“Vida Longa e Próspera” é um dos cumprimentos mais conhecidos da cultura geek. Seguido do tradicional sinal da mão levantada, com os dedos indicador e dedo médio juntos, e o anular e mínimo também. Esse é o sinal dos Vulcanos, raça extraterrestre no universo de Star Trek, representados por maestria pelo Sr Spock.
Leonard Nimoy (26/03/1931 – 27/02/2015) deu vida a esse personagem, ao longo das décadas, desde a série clássica da USS Enterprise, até nos mais recentes filmes, dirigido por J. J. Abrams. Com Spock, aprendemos como seria um possível contato entre a raça Humana e outra alienígena. Aprendemos que o amor, a ciência e a empatia podem mover montanhas, salvar vidas, e nos levar ao infinito.
Kal-El talvez seja o alienígena fictício mais famoso de todos. Filho de Jor-El, da Casa de El, o Último Filho de Kryton é mais conhecido como Superman, ou Super-homem aqui nas terras brasileiras. Criado em 1938 por Jerry Siegel e Joe Shuster, representa a verdade, honra, senso de justiça. É mais um caso típico de alienígena que vem ao nosso planeta para ensinar aos humanos sobre viver em paz, trabalhar pelo coletivo, pensar em um futuro melhor e acabar com a injustiça.
É utópico, mas se não o fosse, não seria ficção.
Recentemente fomos bombardeados pelos Guardiões da Galáxia. Originalmente criado em 1969, os heróis do gibi eram bem diferentes do que vimos no cinema. De qualquer forma, no gibi, esses alienígenas se uniram para defender a Terra e suas colônias da invasão Badoon. Com isso surgiu o nome da trupe. Ao longo dos anos, a história foi mudando, até que a Marvel criou o evento Aniquilação, onde a turminha foi renovada, apareceu o Senhor das Estrelas e outros personagens mais recentes.
Apesar de não ser uma galera tão “bom moço”, e sim algo mais barra pesada, o fim sempre é o bem, a proteção, o extermínio do mal, a união, a família. Nitidamente vemos isso com os personagens Groot, Rocket Raccoon e Drax, o Destruidor. Rocket é praticamente pai, mãe e irmão mais velho do Groot. Inseparáveis desde o primeiro filme, as demonstrações de amor – do jeito deles – passam por todos os filmes. Já Drax, o pai viúvo, também vê no baby Groot um pedacinho da família que ele perdeu.
E assim a ficção ensina, de forma sutil, bem humorada e despretensiosa o que é amor, carinho, pensar no próximo, empatia e “fazer o bem”.
Claro que são apenas histórias para entreter, mas porque não usar bons exemplos da vida real? O cientista Stephen Hawking, criador de teorias incríveis sobre o Espaço, sempre será uma inspiração de um super herói, tal como é o Professor Xavier em X-Men.
Pra finalizar, quero lembrar o herói real conhecido como Rebelde Desconhecido, filmado nos protestos na Praça da Paz Celestial, em Pequim, 5 de Junho de 1989. Esse sim foi um verdadeiro Senhor das Estrelas.