Papai, vem brincar comigo!
Coluna publicada no Jornal Destak, 08/Agosto/2019
Dia dos pais está chegando, e eu fico lembrando da época em que eu era criança, com o meu velho. O mundo mudou muito, mas muito mesmo, nos últimos 30 anos. As brincadeiras também mudaram, ou ficaram digitais.
Veja só, em meados de 1985, eu brincava de “polícia e ladrão” com meu pai. A gente se vestia com itens dos personagens, ou seja, a gente fazia cosplay. Eu geralmente era o delegado, colocava a estrela de sheriff no peito, o cinturão com a arma de plástico, chapéu e óculos escuros. Meu pai, usava uma roupa de cangaceiro. Sabe aquelas tiras de bala, com espingardas penduradas no pescoço? Era o próprio bandido encarnado!
Hoje em dia, essas armas de plástico não existem mais. Eram muito reais, o que causou alguns problemas de segurança pública. Mas elas se tornaram virtuais. CS:GO, Free Fire, Fortnite, Halo, Gears of Wars, e diversos outros games que começaram nos videogames, passaram pelos PC Game, e agora estão no celular.
Falando em jogos de tiro, misturado com RPG e outras coisas, o próximo que aguardo ansiosamente é o Cyberbunk 2077, da CD PROJEKT, que será lançado em 2020. Seria muito bom jogar com meu velho, lá no meu Nvidia. Já pensou, ao invés de polícia e ladrão, dois parceiros punks armados até os dentes? Com ele, só na saudade. Mas daqui alguns anos, talvez eu jogue com minha filha.
Outra brincadeira para lembrar aqui do dia dos pais, é carrinho de rolimã. Aqui em São Paulo, tem muitas ladeiras que antigamente era possível brincar. Recentemente, vi várias pessoas com carrinho de rolimã no museu do Ipiranga, o famoso Museu da Independência. Entre o monumento e o museu, existe uma rua fechada imensa, inclinada, perfeita pra rolimã e skate.
Por outro lado, no digital, quando lançaram F-Zero, e Mario Kart, eu fiquei louco. Já gostava de Enduro, do Atari, o qual jogava com o meu pai. Mas F-Zero foi um marco na minha vida, para Super Nintendo. Até hoje, é um dos jogos preferidos de corrida, pra mim. Claro, Need for Speed e outros vieram, mas a memória afetiva não sai da gente.
E pra fechar, vou deixar aqui a receitinha de carrinho de rolimã, em homenagem ao meu pai. Precisaremos de quatro rolimãs, uma tábua resistente, de 90x40 cm, pregos e parafusos, um prego grande de 10 cm, com porca e arruela, dois saibros de madeira, e um saibro menor. Corte a madeira no formato do carrinho, e pregue os saibros, pra fazer o eixo traseiro. O dianteiro você tem que parafusar no meio, pra que ele se movimente, e assim você consiga direcionar o carrinho. Desgaste a ponta do saibro, pra encaixar o rolimã, que é arredondado. Pregue o saibro menor perto da roda traseira, pra fazer o freio. Pinte seu carrinho, e corre pra ladeira mais próxima!
Seu Faustino com certeza teria um canal de YouTube ensinando essas coisas pra galera. E se alguém fizer um carrinho desses, mande-me uma foto no meu instagram, é GUITSUBOTA. Feliz Dia dos Pais!