Com quem você está falando?
Uma coisinha que aprendi trabalhando em redação corporativa: lembre-se com quem você está falando.
Acertar na linguagem significa melhorar a sua capacidade de se conectar com seu público.
Seu público é jovem? Então mande bala nas gírias. Use frases curtas e dê mais dinamismo ao texto.
Seu público é tradicional? Então mantenha certo pudor com os termos. Frases mais longas dão mais pompa ao texto, que para muitos é sinal de credibilidade.
Mas as coisas não param por aí.
Lembre-se de respeitar os valores de sua empresa. Uma agência funerária dificilmente usará coloquialismos, por razões óbvias.
Mas regras existem para serem quebradas. Já vi cemitério que usava brincadeiras em sua página de rede social. Um sucesso.
Se bem que as redes sociais são um caso à parte. Lá, reina a informalidade.
Portanto, lembre-se: pense na plataforma onde o material vai ser publicado. Eu explico.
Por uma época, escrevi revistas para o público interno e externo de uma empresa de automação pneumática.
Na de comunicação interna, os textos ficavam sempre na primeira pessoa do plural e, às vezes, até uma gíria aqui e outra ali faziam sentido. O intuito era aproximar os funcionários da companhia. Deu certo.
Já os textos da outra revista, destinada aos clientes, era uma ode ao formalismo. E tinha razão de ser: a ideia era trazer credibilidade a grandes empresas por meio de uma publicação trimestral impressa. Em se tratando do universo industrial, seriedade é uma aposta mais segura.
Concluindo, deixo aqui umas dicas.
Antes de escrever um texto, sugiro pensar em três coisas:
- O que você quer falar?
- Com quem você vai falar?
- Que veículo você vai usar.
O resto é bom senso. E feeling para saber como e quando quebrar as regras.