Como esta a saúde mental da sua empresa?
Vemos nas empresas um novo nome circulando nos corredores: Burnout. A revista Exame publicou recentemente uma matéria muito interessante sobre o tema. Infelizmente, o Brasil ocupa a 2ª posição no ranking mundial, considerando-se a população economicamente ativa, perdendo (ou ganhando) do Japão e muito próximo a China, que ocupa a 3ª posição, conforme Isma – BR.
Tive, recentemente, uma conversa com um cliente que estava vivenciando este estágio de esgotamento total. Uma frase dele em especial ficou muito marcante: “Esqueci os limites do meu corpo, pois, estava 100% envolvido em minhas metas e na empresa”. E também outras frases: “Sou o resultado de uma vida não vivida”; “Sou a experiência de tentar agradar todos os outros”; “Sou a sensação de estar perdido”.
Ele estava fugindo de todos “os nãos que a vida estava indicando”, enfim, se portava como um super-homem, com a obrigação de ter resposta para tudo e todos, com medo de pedir ajuda. Hoje ele percebe claramente estes nãos: sobrepeso em função de uma alimentação em excesso, sedentarismo, distância da família, angústia, carga horária contemplando finais de semana, noites mal dormidas com reforço na cafeína para suportar o dia, e acima de tudo, necessidade de estar presente em todos os lugares. Uma crise indica claramente quais são os nossos limites!
Desta forma, ficou muito claro que enquanto não se aceitar os nãos da vida, o sim não poderá vir e ser aceito. Quando estamos próximos demais do trabalho, sem respeitar uma distância mínima adequada entre a empresa e você, a ponto de viver apenas isso, somos tragados para o Burnout. Não adianta simplesmente alertar a pessoa. Ela precisa buscar um chão firme em que possa pisar para poder se soltar, sair deste estado de exaustão cega. Demora e é difícil. É necessário um tempo para que a pessoa se reestruture e tome consciência do quer para si, gerando uma rica experiência de vida, criando antídotos para não ser tragado para novos abismos. Suportar o tempo de aprendizado!
Temas como desemprego, intensificação da tecnologia (reduzindo a mão de obra), aumento da competição e inovações em todos os níveis, criam um ambiente de alto nível de incerteza nas empresas atuais, do qual não temos como fugir. Qual a solução?
Bert Hellinger diz em seu livro Histórias de Sucesso na Empresa e no Trabalho: “Tudo o que vive permanece em um movimento que mantém e leva a vida adiante. Nossa vida se preenche mediante um desempenho, um desempenho permanente. A vida trabalha.” “O trabalho desagrada quando a vida desagrada. Também o trabalho imposto desagrada. Então nós o realizamos a contragosto. Passa a ser, para nós, um trabalho escravo, que serve mais à vida dos outros do que a nossa”.
Necessitamos redesenhar como hoje trabalhamos dentro das empresas, buscando um equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional. Como está o equilíbrio entre dar e receber?
Reconhecer a distância saudável entre nós e o trabalho, quando de uma forma simbólica, é aquela em que ambos conseguem se reverenciar sem que as cabeças se toquem, sem sufoco mútuo. Conforme Bert Hellinger menciona, “não existem sucessos velhos, só sucessos sempre novos. Só eles mantêm o impulso de nossa vida”
CAO | CCO | CHRO | COO | Gestão executiva de negócios | Customer experience | Board | Key account management | Sales process | Analytical skills | Consumer behavior | Business plan | Pricing | Change management
4 aExcelente artigo. As empresas precisam falar sobre esse tema e buscar soluções para reverter essa doença que assola nossas organizações.
Diretor Comercial na Fundamental Mídias Sociais | Estratégia de marketing digital
4 aMuito bom, é um problema a ser discutido e compartilhado tanto por profissionais quanto as empresas, e ressignificado com a gig economy.