Como pode ser um modelo emocional para a sua criança?
Já muito se escreveu sobre ser muito mais importante os pais darem o exemplo através de atitudes do que por indicações verbais ou imposições de regras. Sentimos, no entanto, que falta ajudar a perceber o “como”.
Avançamos então 5 exemplos, que podem ser bons pontos de partida (e aos quais pode juntar o seu contributo nos comentários abaixo):
1. Oiça verdadeiramente aquilo que a criança está a dizer. Este ponto é absolutamente fundamental e fará com que alguns comportamentos de chamada de atenção possam diminuir porque ela se sente ouvida e depois entendida. Esta atitude faz também com que a criança sinta que é importante, que tem conteúdo interessante a dizer, o que a vai tornar mais confiante com o passar do tempo. Mesmo que esteja cansado/a, pare um pouco e passe tempo de qualidade a ouvir/conversar com o/a seu/sua filho/a. Achamos que se vai surpreender com o que ele/a lhe pode contar.
2. Não assuma que é mais inteligente que uma criança, apenas por ser mais velho. Mostre-lhe sempre que possível a opinião dela é muito importante e valorizada, fortalecendo assim a sua auto-estima, o sentimento de pertença e aumentando a sua capacidade de pensar em possibilidades e soluções para os desafios que aparecem. Até porque as crianças ensinam-nos ou relembram-nos coisas muitíssimo importantes todos os dias, se estivermos despertos para isso.
3. Agradeça à criança sempre que ela fizer algo por si ou por outras pessoas. O elogio do comportamento adequado é muito importante e faz com que a criança entenda que a olham como um todo e a apreciam nas acções que faz, levando a que perceba melhor os bons comportamentos e os tenda a repetir. Valorize e elogie a pessoa que ela é, para além das coisas que ela faz, isto é fundamental para que possa promover nela as bases de uma boa saúde mental.
4. Admita sempre que perceber que se enganou em alguma coisa, de forma natural. Embora possa parecer semelhante ao primeiro ponto, este alerta para a importância da naturalização do erro com as crianças. Observamos na nossa prática muitas crianças com um enorme medo de errar, não corresponder ou adultos que o sentiram na sua infância. É importante mostrar que ninguém sabe tudo e que a aprendizagem implica tentativas que podem levar ao erro e que este, se não tiver consequências complicadas, não tem problema.
5. Crie um momento diário (que pode apenas ter alguns minutos) para falar sobre emoções, agradáveis e desagradáveis. Este momento vai fazer com que seja natural a criança expressar as suas emoções. Para facilitar comece pelas experiências agradáveis e com tempo e espaço, permita que a criança fale das outras sem julgar à partida o seu comportamento e aceitando que ela própria está a tentar perceber como é que o mundo funciona, que as acções têm consequências que podem elas também ser agradáveis ou desagradáveis. Seja um exemplo de aceitação, compaixão e amor, para que a sua criança também possa começar a adoptar esses comportamentos.
Gostaria de sugerir aos pais que nos estão a ler outras ideias de como dar bons exemplos de gestão emocional aos/às filhos/as?
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