Como a quarta revolução industrial está afetando nossas vidas.
Em tempos de revolução industrial é muito complexo falar em futuro. Todos os instantes nos levam a crer que o futuro é agora e no minuto seguinte novas tecnologias já surgiram, deixando o presente ultrapassado.
A complexidade das descobertas se amplia com uma velocidade assustadora, enquanto muitas inovações simplificam o cotidiano das pessoas.
A nomenclatura Indústria 4.0 é utilizada para designar o que existe de mais moderno na produção de bens de consumo. Você já deve ter ouvido falar sobre a internet das coisas, inteligência artificial ou análise de dados... há muito mais para descobrir no conceito da indústria 4.0, em suma podemos dizer que essa revolução tende a tornar o processo produtivo mais eficiente, autônomo e customizável.
A indústria 4.0 é regida por seis princípios, definidos em um projeto presidido por Siegfried Dais e Henning Kagerman, que em 2012 apresentaram para o governo alemão um relatório de recomendações onde planejaram a implementação e o desenvolvimento do que hoje chamamos de quarta revolução industrial.
Esses princípios definem que a tomada de decisão precisa acontecer em tempo real, através da coleta e tratativa de dados realizada de forma instantânea. Além disso, o planejamento envolve a virtualização dos processos, permitindo que esses sejam monitorados e rastreados de forma remota.
Outro princípio em destaque é que as máquinas são programadas para fornecer informações sobre seus ciclos produtivos, se auto ajustar e tomar decisões seguindo as necessidades de entregas projetadas. Essa etapa é um claro exemplo de descentralização de poder, onde a interferência operacional humana torna-se dispensável, podendo sua capacidade de análise e definição de estratégias ser utilizada de forma mais assertiva pelas organizações.
Todo esse processo é interligado pela orientação a serviços, um conceito onde softwares são programados para apresentar soluções e inovações de serviços, conectados com as estratégias dos negócios e projeções de rentabilidade.
Uma característica bastante relevante desse momento industrial é a modularidade com que as demandas são planejadas, permitindo que sejam inseridas e retiradas do contexto produtivo sem causar danos ao aspecto global do processo. Esse fator promove ampla flexibilidade na definição das tarefas, amparado ainda pela comunicação fluida entre máquinas e sistemas promovendo a interoperabilidade de toda cadeia processual.
Todo esse conceito é verdadeiramente complexo em sua essência, mas repleto de benefícios para o gestor dotado de uma visão estratégica dos negócios, visto que o investimento na modernização dos processos acarreta em significativa redução nos custos de produção.
Mas é claro que, antes de embarcar na Quarta Revolução Industrial, é necessário um detalhado planejamento e a real aceitação das mudanças de todos os processos e também no organograma da companhia.
A Industria 4.0 é uma oportunidade real de termos menos profissionais com funções operacionais e mais atribuições estratégicas.
Trata-se do desenvolvimento de uma nova cultura organizacional de valorização da estratégia, aceitação de máquinas inteligentes e do princípio da modularidade. É uma nova vertente de mindset corporativo que traz impactos positivos também para o público consumidor, que terá acesso a uma gama maior de produtos personalizados, de qualidade e menor custo.
Observando os impactos no mercado de trabalho, é notório o surgimento de novas profissões e extinção de tantas outras... Por isso, a realidade é que precisamos nos atualizar de forma ininterrupta. O futuro, que é agora, pertence aos profissionais que estiverem qualificados para planejar, executar e gerenciar as inovações tecnológicas de forma criativa e estratégica.
A quarta revolução industrial, portanto, terá um impacto mais profundo e exponencial, se caracteriza, por um conjunto de tecnologias que permitem a fusão do mundo físico e digital.