Como viver SLOW, em um mundo tão FAST.......Corra Lolla Corra !!!

Como viver SLOW, em um mundo tão FAST.......Corra Lolla Corra !!!

Ansiedade acelerada ou cobrança real? Vivemos uma epidemia global e não estou falando do Covid-19. O mundo está se tornando cada vez mais ansioso e acelerado, vamos desacelerar?

Quantas vezes você já se pegou com pressa, ansioso e dando conta de mil tarefas e com a sensação de que mal parou para pensar no que estava fazendo? Ou de que não esteve presente, de verdade, em nada que realizou? Desacelerar é justamente ter atenção ao que se faz.

Desacelerar, portanto, não é tarefa simples. Passa pelo autoconhecimento, pela consciência da relação com o tempo e por escolhas relacionadas as suas prioridades. No entanto, a longo prazo, o resultado é uma mente mais equilibrada e uma vida mais criativa e saudável – o que impacta diretamente no seu desempenho profissional e na tomada de decisões mais assertivas.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 260 milhões de pessoas sofrem com ansiedade no planeta e no Brasil, 86% dos brasileiros lidam com sintomas de ansiedade ou depressão. 

 É muita gente neste bolo ansioso todo e precisamos parar de normalizar essa situação como uma mera consequência do ritmo de vida necessário para sustentar o capitalismo tradicional.

Em contrapartida a aceleração tecnológica e, consequentemente, do mercado, saber desacelerar é o principal ingrediente para uma vida saudável, equilibrada e veja só, mais criativa e genuinamente produtiva! Voilà, tudo é um processo. As rotinas são adequadas em nossas vidas através da exigência de novas demandas. Andar na contramão exige esforço, desacelerar exige enxergarmos e nos autoavaliarmos o tempo todo.

O  Movimento Slow Living (viver lentamente), com origem em Roma, na década de 80 com o Movimento Slow Food, liderado pelo jornalista Carlo Petrini, tomou conta de novos adeptos onde enxergaram a necessidade de andar na contramão da industrialização e pressa . A proposta nasceu em

combate ao fast food e priorizava a valorização do ato de comer com calma e com qualidade nos alimentos.

Gradualmente, o ato se transformou em movimento foi incorporado a outros setores da vida e da sociedade, que também sofriam as consequências do que alguns estudiosos chamam de “aceleração social do tempo”. Hoje, já é considerado uma estratégia para assegurar a saúde física e mental de diversos lugares.

No Japão, país reconhecido pelo ritmo acelerado. Desde 2003 busca desenvolver como estratégia governamental a aproximação com o bem-estar de seus moradores. O trabalho foi iniciado pela prefeitura de uma pequena cidade, chamada Iwate.

Elaborou-se a adoção de uma conduta coletiva de desaceleração. Isso mesmo, a política governamental de uma cidade inteira busca desacelerar: no trânsito, nas compras, na moradia, na alimentação, na indústria e até na educação! Lembrando que, o Japão sofreu por anos com os suicídios dos seus adolescentes devido a pressão cultural em serem excelentes o tempo todo.

Além desta iniciativa, existem outras espalhadas pelo mundo, como: o Clube da Preguiça, no Japão, a Fundação Longo Agora, dos Estados Unidos e a Sociedade Européia para a Desaceleração do Tempo.

A proposta do movimento Slow Living não visa realizar as atividades devagar, mas sim em fazer uso consciente do tempo e assim valorizar a qualidade de vida e o equilíbrio entre a satisfação pessoal e profissional. Desacelerar é parar e respirar. Pensar quando a velocidade e a correria fazem sentido e quando não fazem e você corre, simplesmente, porque isso é o considerado “normal”.

Quantas vezes você já se pegou com pressa, ansioso e dando conta de mil tarefas e com a sensação de que mal parou para pensar no que estava fazendo? Ou de que não esteve presente, de verdade, em nada que realizou? Desacelerar é justamente ter atenção ao que se faz.

Não dá para aderir ao estilo bicho grilo, na verdade não é esta bandeira que ergo neste momento, nem levar sacos de algodão na zona cerealista para compras a granel, mas tão somente conciliar as suas demandas com maior paz interior dentro de si.

Não tem problema nenhum fazer as alimentações via delivery por exemplo. Aliás este mecanismo sempre existiu desde que me conheço por gente com o padeiro deixando o filão e leite na porta de casa todas as manhãs quando criança. Mas, peça o seu delivery e sente para comer com calma, sem olhar para o celular. Viva Slow!!!!

Desacelerar, portanto, não é tarefa simples. Passa pelo autoconhecimento, pela consciência da relação com o tempo e por escolhas relacionadas as suas prioridades. No entanto, a longo prazo, o resultado é uma mente mais equilibrada e uma vida mais criativa e saudável – o que impacta diretamente no seu desempenho profissional e na tomada de decisões mais assertivas.

Algumas dicas para aplicar o Slow Living na sua vida

1. Nutra com atenção as relações que são importantes para você: nutrir com afeto e presença suas relações é uma forma de humanizar as relações e desacelerar. A escuta ativa, a atenção plena e a presença são fundamentais para um caminhar mais lento.

2.Reveja sua relação com o tempo: como você usa seu tempo? O que ocupa mais tempo em sua vida hoje? O que você gostaria que ocupasse mais? Perceba as suas escolhas de tempo e tome as rédeas destas escolhas para você. Questione quando a velocidade faz sentido e quando não faz.

3.Um passo de cada vez: vivemos na sociedade do desempenho, que valoriza o multitasking. Atendemos em ritmo frenético as urgências e muitas vezes não conseguimos dar conta, o que se transforma em culpa e veja só, em ansiedade! Faça uma coisa por vez, com calma e atenção. É um exercício!!! Assim como exercitamos nosso corpo com exercícios físicos, também devemos nos exercitar com boas práticas de vida.

4.Desconecte-se para encontrar a verdadeira conexão: as tecnologias são “ladrões de tempo” na vida contemporânea. Reserve momentos do dia para estar presente, sem a interferência do celular, da TV ou do computador.

5. Se permita fazer pausas: mesmo que o mundo te pressione a correr e parar seja um esforço (olha a culpa aqui de novo), se permita a viver momentos de ócio, fazer pausas para uma leitura despretensiosa, brincar com seus filhos ou acarinhar seus animais de estimação.

6. Cuidado com a mentalidade da escassez: parar, muitas vezes, traz a sensação de que se está perdendo tempo. Eu poderia estar produzindo mais, estudando mais, realizando mais. O medo de perder a velocidade e deixar de acompanhar o ritmo acelerado da sociedade é uma das grandes armadilhas do mundo atual. Dessa forma, conquistamos reconhecimento e perdemos saúde. A consequência é que o sucesso obtido é perdido pela falta de fôlego em continuar. Calma, você tem valor e ele não está ligado ao tanto que você faz, mas sim, a qualidade do que você entrega, ok?

Então: Ande Lolla Ande!!!!

 

 

Cláudia Botelho é uma profissional incansável, acelerada, que vive a 1000 watts de potência, mas que prioriza o ritmo slow living. Faz sentido para você?

 

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