Competição ou Colaboração?

Competição ou Colaboração?

Eis a questão.

Muitas pessoas me fazem essa pergunta, já que aparentemente sou mais colaborativa.

Mas, se começou a ler esse texto porque também tem dúvidas e acha que eu tenho respostas, sinto muito, não tenho. 

Mas tenho alguns apontamentos.

Se pensarmos que competição é “um contra o outro”, sim, definitivamente acho que a colaboração faz muito mais sentido, até por acreditar na cultura de paz. E um contra o outro certamente não nos trará isso.

Mas será que competição é isso? Um contra o outro?

Assisti recentemente dois documentários no Netflix que eu não dava nada, o doc. “Winning” que conta a história de alguns atletas olímpicos e o doc. que conta a história da carreira da cantora Beyoncé.

E o que eles têm em comum?

Pessoas que competem com outros milhares. Os atletas que competem com atletas de seus países e também com atletas do mundo inteiro. E a cantora Beyoncé que aparentemente compete com tantos outros talentos da música.

Mas aí, você começa a ver o filme e vê que na real eles competem não com o outro e sim com eles mesmos.

A batalha é com eles.

Eles estudam o objetivo milimetricamente, conhecem o objetivo, se conhecem absurdamente, sabem o que precisam melhorar, seus pontos fortes, seus pontos fracos, treinam exaustivamente. Aparecem cenas da Beyoncé exausta ensaiando no hall do hotel, porque pra essas pessoas o objetivo é o foco, não as adversidades no caminho.

Eles sabem pra onde querem ir. Simples assim. Aí o que eles fazem?

Treinam. Erram, levantam, estudam mais, assistem suas apresentações, percebem milimetricamente onde precisam melhorar e mesmo que a melhora seja de 0,00001%. Não importa. Isso faz eles serem melhorem que ontem.

Trabalham com um time de maneira bastante colaborativa, técnicos, família, nutricionistas, treinadores emocionais...

Sim, eles trabalham de maneira bastante horizontal com pessoas que estão olhando também o objetivo (objetivo comum a todos) e como podem fazer para melhorar. Para construir uma melhor performance e ao mesmo tempo escutar o som que toca da banda inteira, do time, do técnico, do diretor do show.

A questão é que muitos de nós trabalhamos com a cultura da escassez.

“Apenas uma vaga para mil inscritos, lista vip, não tem pra todo mundo, os melhores da turma....”

E aí a gente começa a achar que o lance é fazer guerra com o amigo ao lado, mas o que estamos fazendo para sermos melhores que nós mesmos agora?

Você está se conhecendo melhor?

Diminuindo seu tempo na frente no computador e aumentando o tempo com seus filhos? Ou aumentando seu tempo fazendo coisas que te fazem ser ainda mais apaixonado por você?

Meditando?

Tá lendo um livro?

Você investe tempo e dinheiro na sua alimentação?

O que está fazendo com seu tempo?

É interessante ver no filme, principalmente com os atletas, a breviedade da carreira. Eles aposentam aos 30 anos, mas começam aos 5, 6 anos.

Talvez tenha chegado a hora de começar e de acreditar que agora é a melhor hora para ser o melhor que puder ser.

E claro, olhar para quem está com você, dar as mãos aos demais, entender a si mesmo, autoconhecimento e também perceber o outro e o uno.

Então, o que melhor?

Melhor que você seja um ótimo competidor e que nunca esteja sozinho.

Richardson Bruno

Desenvolvedor Fullstack | NodeJs | ReactJs

6 a

"Melhor que você seja um ótimo competidor e que nunca esteja sozinho." Excelente, tenho pensado muito nisso ultimamente e o seu texto abriu meus olhos.

Neire Castilho

Branding Specialist & Fouder Orientte | Design and Communication Team Manager I Marketing I Advertising I Strategy

6 a

Excelente! Também sempre pensei assim.

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