Compliance: Esse tema nunca foi tão atual.

Esses dias recebi um post que dizia:

“Faça o que é certo, mesmo que todo mundo esteja fazendo errado”.

Durante muitos anos presenciamos no Brasil, um pensamento pouco focado em preservar a imagem dos negócios à luz da ética. Isso ocorria devido ao excesso de informalidade e ao velho e conhecido “jeitinho brasileiro”.

Como se ética, politicas de compliance ou normas de conduta fossem opcionais.

Bem verdade, que várias coisas no Brasil foram opcionais nas últimas décadas. Em países mais desenvolvidos, observamos que essa preocupação já se faz presente há muito tempo e aparentemente essa cultura finalmente chegou ao Brasil.

As politicas de compliance estabelecidas nas empresas visam cumprir as normas legais e as políticas de forma a manter o negócio sustentável, dentro da lei e de princípios éticos.

Simples não?

Será que é possível agir 100% de forma ética, mesmo que o mercado não seja tão rigoroso?

Sim, sem dúvida é possível atuar 100% dentro de uma política rígida de compliance.

Tive a feliz oportunidade de trabalhar em empresas que tinham políticas muito rígidas de compliance a regras e normas de conduta. E confesso que sempre me orgulhei disso.

A sua atitude é o princípio de tudo. Não se submeter a qualquer tipo de desvio de conduta, embora pareça um caminho mais longo para o sucesso, é sem dúvida a melhor forma de preservar sua reputação, assim como da marca e da empresa que você representa.

O país tem observado estarrecido confissões de diversos casos de fraudes, subornos, carteis, entre empresários, políticos e outros. Além de multas pesadíssimas, ou a própria restrição da liberdade, os executivos e as empresas envolvidas nisso, tem suas imagens arranhadas para sempre.

Mas você deve pensar que os problemas éticos vêm somente das grandes empresas como as que vimos atuando em fraudes nas licitações ou mesmo com propinas a governantes.

Engano seu.

Em qualquer ato pequeno você pode estar demonstrando atitudes suspeitas e atuando contra a legislação antitruste vigente no Brasil. Aquele cafezinho ou aquele telefonema com um concorrente, ou ainda participar de uma reunião onde tenham vários concorrentes, ou diversas pequenas atitudes por mais inofensivos que podem parecer podem estar ferindo regras de concorrência e ética e gerar um problema para sua reputação e para os negócios.

Para ilustrar vamos viajar ao império romano, na época de Júlio César. Ele se separou de sua esposa, Pompéia, por adultério. Mesmo ela tendo sido inocentada por falta de provas, ele assim procedeu porque não aceitaria nem mesmo uma suspeita.

Dai o ditado:

“A mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta”

No mundo coporativo, não basta ser correto, você precisa também parecer correto.

A sua reputação não tem preço. Se você atua na área comercial, a situação é ainda mais séria; pense que você está no centro das atenções pois as transações comerciais estão sempre desafiando sua atitude.

Portanto, se você pretende crescer no mundo corporativo tenha em mente que é fundamental cultivar sua reputação e atuar conforme as normas de compliance, afinal ela representa a integridade sua, da empresa e da forma de se fazer negócios.

Felizmente no Brasil isso veio pra ficar.

Bom para o país, afinal esse é o pais que eu quero para o futuro.