A contextualização do ANTIFRÁGIL
Um dos livros do momento e que mais me marcaram. No meu caso, um pouco antes. Sim, o livro é de 2012!!!
Para mim, as duas reflexões iniciais já são um tapa na cara: “O vento apaga a vela e energiza o fogo". E como não amar o vento? Pois é, não gostamos da tempestade, ou nosso mindset está programado para entender apenas o lado devastador, e não a oportunidade da reconstrução. Quantos telhados não ficam melhores após o vendaval?
Saímos do plano, que supostamente estava definido em budget, conforme o planejamento estratégico e tivemos de derrubar tudo! Uma, duas vezes ou até mais. Nossa casa, antes um refúgio para nosso “ócio” ou local de recarregar as energias, da sessão do Netflix ou do seriado visto mil vezes, virou nosso “QG”. Aliás, QG de todos da família, dos nossos “cohabitants”. O pedido do iFood precisa ser feito no meio da reunião, entramos num call atrás do outro e a fome coabita. Perdemos a rotina do trânsito que por vezes nos fazia fluir os pensamentos. Tivemos de lidar com nossos filhos que agora queriam suas escolas, seus amigos, suas rotinas e ficaram sem data de retorno. Sem previsão.
Nunca precisamos de tanta empatia. A “empatia das panelas”, como brinco, onde o dia da esposa – antes com um call, tem o seu dia transformado no próprio CAOS. E o marido que num cruzar de olhar, assume as panelas ou a gestão do iFood. Chefes jovens, sem filhos e esportistas, tiveram de entender suas equipes que na “vida nossa de cada dia” mergulharam entre as crianças, os pets e a louça que se multiplicava na pia. Será que entenderam, ou só estão no "AHAM", pouco empático?
Nossos funcionários que afrouxaram e se contaminaram. Nossas equipes que estão sempre recebendo convites e propostas e a gente ali, segurando a onda do “agora vai”! Será nossa estranha (e feliz) mania de “ter fé na vida"?
O livro é sobre isso: volatilidade, aleatoriedade, desordem e estresse. Aventura, risco. Incerteza. E do que é mesmo a nossa vida? Carreira é VIDA. Então falarmos de entender o conceito do ANTIFRÁGIL faz todo sentido no ambiente organizacional.
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Tendemos a tornar tudo suave e linear, em boas histórias depois que a tempestade passa. Cá entre nós, a VIDA tem sido muito menos linear e as nossas decisões passaram a ser no IMEDIATO E URGENTE, numa completa ausência de PLANO. E que plano frente a tantas variantes?
ANTIFRÁGIL é isso: a pseudo-ordem que só quem acessa é quem aceita a aleatoriedade. Evoluímos por grandes transformações. Achávamos que a “Era do Gelo” era só um filme infantil. O que muda nos transforma. Temos em nossas crenças a ilusão do planejado. Planejamos ter 2 filhos e temos 4, afinal casamos 2 ou 3 vezes. Entramos como trainees e, vejam só, 5 anos depois estamos na terceira empresa e em cargos diferentes. O que o headhunter vai dizer? Tenho mais CURSOS EXTRAS do que MBA…
Gosto muito da frase citada pelo autor, dita por STEVE JOBS: "Você tem que trabalhar com afinco para clarear seu pensamento e torná-los simples." Sempre falo que o SIMPLES resolve TUDO. Ser SIMPLES é saber lidar com o aleatório. Entender o que se pode mudar. O que é nosso, e o que é do outro.
Entender o que é o aleatório é a nossa constante e os cenários incertos serão nosso rumo. A antifragilidade do COLETIVO e a fragilidade do INDIVÍDUO. E SE MAPEARMOS AS NOSSAS FRAGILIDADES? E O AGORA? A Antifragilidade está além da resiliência ou robustez. “O resiliente resiste a choques e permanece o mesmo; o Antifrágil fica melhor”.
FICA MELHOR POR QUÊ? Por aprender a lidar com a impermanência do novo – o entendimento da vulnerabilidade, das nossas dores (afinal crescer dói no ossinho), angústias e incertezas, pode nos transformar enquanto grupos vivos; organizações, famílias, NÓS enquanto grupos e o nosso EU, enquanto INDIVÍDUOS. O convite aqui é para usarmos a IMPERMANÊNCIA, como jornada individual de aprendizagem.
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3 aMuito bom, Janaína. Dá vontade de que tenha um parágrafozinho a mais de texto de tão certeiro, simples e cheio de pontos de reflexão.