De Lancha ou Navio, onde você está?

De Lancha ou Navio, onde você está?

A analogia "Movimentar um navio é muito mais complicado do que uma lancha" ressoa no mundo dos negócios, ilustrando vividamente a complexidade de administrar uma empresa de grande porte em comparação com a agilidade necessária para inovar. Vamos explorar essa distinção, iniciando pela análise entre lançar um novo empreendimento e realizar uma gestão profissional.

Para os empreendedores corajosos que iniciam algo do zero, investindo recursos e enfrentando desafios diversos, a flexibilidade para mudar de direção é crucial. Seja introduzindo novos serviços ou produtos, é necessário estar atento ao dia a dia e ter a capacidade de mudar completamente a trajetória, saindo do 0 ao 1.

Diferentemente, uma empresa consolidada, com produtos ou serviços validados e lucrativos, enfrenta a burocracia, a política e a necessidade de manter-se saudável por meio de processos e métricas. Aqui, o foco é a sobrevivência, não a flexibilidade; estamos nos movendo de 10 a 100.

Assim como um navio, com uma equipe extensa e o objetivo de existir e manter a ordem, contrastamos com uma lancha que busca cortar as águas com velocidade, navegando sem um destino final definido, apenas procurando oportunidades para ancorar e aproveitar.

Compreender essa diferença é essencial para entender sua identidade e as oportunidades ao seu redor. Existem três fases na vida de uma empresa: de 0 a 1, 1 a 10 e de 10 a 100, cada uma com uma cultura específica.

Se você se identifica como inquieto, criativo e avesso a regras, provavelmente se sairá melhor em uma empresa de 0 a 1. Se acredita que seu dom é lidar com o caos, apagar incêndios e acelerar as coisas, uma empresa de 1 a 10 é o seu destino. Se você se vê como um gestor de terno, preocupado com métricas, resultados e controle de custos, então o caminho de 10 a 100 é para você.

Certamente, as características se entrelaçam ao longo do tempo, mas a essência permanece. É normal as pessoas evoluírem com a empresa, assim como é comum perceberem que não se encaixam mais em determinado ambiente. O erro está em não compreender esses aspectos e tratar cada fase da vida da empresa e da carreira de maneira incoerente.

Não identificar esses momentos pode levar a tratar uma lancha como um navio, tornando a jornada monótona e tediosa, ou a acreditar que está em uma lancha quando, na verdade, está em um navio - correndo o risco de um destino similar ao do Titanic.

Embora tudo possa parecer simples, estamos cercados por empresas que se comportam como navios querendo agir como lanchas, ou lanchas que se imaginam grandes demais, devido à cultura inadequada para o momento. Não é à toa que a Microsoft optou por adquirir a OpenAI para inovar, enquanto o Facebook (Meta) enfrentou perdas significativas ao tentar se aventurar no Metaverso, recuperando-se apenas quando abordou seu negócio como um verdadeiro navio.

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