Diversidade não é moda, é a essência do ser humano, as diferenças definem quem somos!
Nunca se falou e ouviu tanto a palavra “DIVERSIDADE”, ela está na moda em todos os meios de comunicação, reportagens, jornais e principalmente no ambiente de trabalho.
Antes desse texto começar a repercutir e você leitor embarcar nessa viagem reflexiva, cheia de insights, tabus, informações e contrastes, vamos iniciar pelo conceito da palavra moda segundo alguns dicionários: “Uso passageiro que rege, de acordo com o gosto do momento, a maneira de viver, de vestir etc”.
Conceito, definição ou significado, pouco importa e com muito prazer quero trazer uma afirmação: Diversidade, não é moda e nem vai passar, precisamos mudar a forma que pensamos e caso ainda não tenha feito, te convido para se permitir expandir e abrir-se para entender do que se trata, buscando se tornar mais empático e respeitoso. Todos nós temos preconceitos, é natural do ser humano, mas é importante tomar consciência de quais são e trabalhar para entender e mudá-los.
Vamos listar tópicos para ajudar a pensar em tudo isso:
Desde quando isso existe? Desde sempre, desde o começo do mundo, as primeiras civilizações, as partículas e os átomos e sabe por quê?! Calma, não é aula de português, mas vem outro significado: Diversidade, tudo aquilo que é diverso, que tem "multiplicidade”, ou seja, é tudo aquilo que apresenta pluralidade; então mesmo que você fosse um clone, gêmeo(a) ou filho(a) do mesmos pais, você não é igual a ninguém e isso já te torna diverso, lembra diverso significa diferente. Aqui no Brasil esse assunto já existe desde o ano 2000, isso mesmo você não leu errado e nem foi erro de digitação.
Mas diversidade, não é aquelas paradas daquela sigla grandona, cheia de letras? Se você se refere a sigla LGBTQIAP+, ela também faz parte, mas não só isso, temos muitas comunidades que estão dentro de diversidade como negros, deficientes e mulheres; cometemos um terrível erro ao restringir e encaixar, enquadrando e limitando, quando na verdade o assunto é tão mais rico e expansivo; por esse tipo de comportamento que precisamos sempre, estudar, conversar, aprender, perguntar, respeitar e conviver. Trabalhando para diminuir as desigualdades, violência e aumentar a inclusão.
Por que esse assunto está muito presente nas empresas? A diversidade gera inovações que são muito ricas e importantes para as instituições. E nesse caso se fala diversidade de formação, de ideias, pensamentos, vivências, experiências que inseridas em diferentes contextos torna os processos e projetos cada vez mais dinâmicos e contemplam em boa parte todos que possam ser impactados com eles. No sentido de ter olhares diferentes e trazer necessidades reais para todos a chamada competências ímpares; além do impulso que os fornecedores e compradores estão movimentando, já temos muitas empresas engajadas o que gera de certo modo uma corrente, uma inovação nas dinâmicas de toda a cadeia.
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Mas esse papo de diversidade é pra favorecer as minorias? Primeiro que não existe favorecimento quando se fala de grupos minoritários, “favorecimento ou privilégios” estão concentrados nas mãos de grupos muito específicos, mas essa é uma pauta para outro texto. Podemos olhar para duas óticas: Reparação é totalmente diferente de favoritismo, reparar é tentar/tornar as coisas mais justas e equilibradas, vale a pena pesquisar e se aprofundar sobre “equidade”, outro ponto importante é que o Brasil, é um país predominantemente negro, informações do IBGE 2021 mostram que 56% da população se declara negra, logo não faz sentido ainda existir racismo! O IBGE ainda indicou que mais de 52% da nossa população é composta por mulheres. Então porque tanta desigualdade, porque tanta violência e feminicídio? Ainda faz sentido falar que é papo de minorias? Podemos entender e trocar por grupos mais vulneráveis ou sejam que estão mais expostos e mais sofrem, mas não se trata de minorias.
Seguramente pode-se afirmar que a informação e o diálogo são a ponte inicial para qualquer assunto ou tema. Tem muita coisa que ainda não sabemos, ou sentimos conforto, mas ao invés de fechar ou assumir uma posição de neutralidade, se faz necessário renunciar à vergonha, do ego e humildemente pedir ajuda e compartilhar dúvidas e informações.
Até uns tempos atrás existiam muitas expressões que eram utilizadas de forma pejorativa ou com conotações, mas surgiram inúmeros movimentos para mudar o sentido negativo e adotar uma semântica positiva; logo, precisamos não só acompanhar, mas como ajudar a propagar e compartilhar o conhecimento, olhando para as posturas e ações que contribuam com a inclusão da diversidade.
Para encerrar quero compartilhar que algumas semanas aconteceu o 10º Fórum Inclusão da Diversidade promovido pela ABRH-SP e o slogan era fantástico: O mundo tá ficando chato, justo.
Afinal o bom humor e a inteligência devem ser aliados em tempos sombrios, não se trata de mimimi, se trata de respeito, pressa, compromisso e isso requer luta e movimento diário.
Não precisamos do uso da violência, argumentos religiosos, ideologias, obrigatoriedade pelo medo de punições legais e muito menos assumir a postura de ignorância ou ficar parado no tempo, precisamos ter a disponibilidade e anseio de aprender, ajudar a transformar os nossos colaboradores, fornecedores, parceiros, clientes, a sociedade e o mundo a ser melhor, mais justo e digno, seja você também essa pessoa aliada, vamos desconstruir os velhos, ultrapassados e limitados padrões. A diversidade está posta!
Escrito por Allan DeVaz 🏳️🌈