E fora das redes, sua marca está como?

Em uma era em que o celular se tornou extensão do nosso corpo e onde nunca se consumiu tanto conteúdo em tão pouco tempo e com tanto furor, é natural que as marcas estejam obcecadas pelas redes sociais.

Das imagens lindas do Instagram à nova trend dançante do TikTok - passando pela frase genial do Twitter e, é claro, pelos indispensáveis influenciadores -, nas mesas de reunião espalhadas pelo país só se fala em qual será o próximo post de sucesso. Um cenário que pode até ser natural, mas, na minha opinião, beira o insustentável.

Porque as redes sociais, bem como qualquer outra mídia que existe, existiu ou ainda vai existir, faz parte de um ecossistema de comunicação. E, em um ecossistema, absolutamente nada funciona isoladamente - mesmo que isso seja a sua principal ferramenta de trabalho.

É claro que conteúdo nas redes é uma excelente forma de trabalhar (principalmente) atenção e até mesmo consideração para uma marca, visto a pluralidade de formatos, segmentação e alcance. Mas mesmo com tantas possibilidades, acreditar que este trabalho isoladamente vai te trazer todos os resultados esperados é supervalorizar as expectativas.

Marcas são empresas. E empresas tem missão, visão de mundo, propósito e, mais do que tudo isso, uma mercadoria a ser negociada - seja ela um produto ou serviço. Por mais que se queira (e se possa) comunicar tudo isso através de social media, fazê-lo de maneira eficaz pede que trabalhemos em outros territórios e de outras formas.

É claro que as marcas não devem se comportar como ermitãs que se isolam da sociedade; as redes sociais são e continuarão a ser um grande negócio. No entanto, antes de dividir a sua verba anual, é preciso lembrar que tanto o ecossistema digital quanto o de comunicação de uma empresa são muito maiores do que as redes sociais.