Entre burnout e resiliência: a jornada das mulheres por equilíbrio e equidade
Uma visão sobre as lutas e conquistas das mulheres na caminhada para um ambiente de trabalho justo e uma vida com mais significado.
Olá!
Antes de nos aprofundarmos na leitura, um convite especial a você, mulher, para refletir: Como você está se sentindo? E seus sonhos, estão brilhando? Como anda sua motivação e felicidade? Tem se sentido meio por baixo, sozinha, ou sem ânimo? Noites em claro, talvez?
Se você se identificou, queremos que saiba que não está navegando sozinha nesse mar. Essas ondas batem em muitas mulheres. Aqui, vamos mergulhar nas razões.
E aí, você também vem?
Não se identifica como mulher? Essa conversa também é contigo: Já parou para pensar nas mulheres ao seu redor? Como elas estão? Você tem sido apoio e também se permitido ser ajudado por elas?
Aqui, a gente quer abrir esse diálogo para todos. Entender os desafios das mulheres e querer fazer alguma coisa sobre isso é responsabilidade de todos. Ficar de braços cruzados não é opção.
Nosso Ponto de Encontro
Estética, dinheiro, o peso do dia a dia, desafios do trabalho. Vamos falar sobre isso e muito mais. Considera este o nosso ponto de encontro inicial: um espaço para entender e, quem sabe, começar a mudar as coisas. Vamos nessa embarcar com a gente?
O peso da pressão estética
Sabe aquela história de que mulher tem que ser isso, tem que ser aquilo? Pois é, vem de longe. Por séculos, disseram que ser mulher é ser delicada, emocional. E por isso, segundo essa lógica, a mulher "não servia" para um monte de coisa, exceto cuidar da casa e dos filhos.
E o que isso gerou? Um mundaréu de padrões. Acabamos entrando em um ciclo vicioso de tentar encaixá-las em caixinhas pré-definidas, o que as deixa em uma constante busca pela adequação.
Dados que Falam
E falando em padrões, vamos tocar num ponto delicado: a pressão estética. Desde pequenas, ensinam as mulheres a ter uma relação complicada com o próprio corpo. Com as redes sociais, então, nem se fala. Elas ampliaram essa questão, mostrando a todo momento o que seria a "vida perfeita" e fazendo elas correr atrás dela.
E essa busca? Tem levado muita gente a mudar o visual, com procedimentos estéticos ficando cada vez mais comuns. No Brasil, pra você ter uma ideia, o mercado de estética cresceu 567% entre 2014 e 2019. E em 2021, teve um aumento de quase 20% na procura por bichectomia, aquela cirurgia para afinar o rosto.
Espelho, espelho meu
Esses números não são só estatísticas; eles falam sobre o quanto as mulheres estão dispostas a mudar para se adequarem a esses padrões. Mas, pensa comigo: até quando vamos deixar que essas pressões definam a relação com o próprio corpo?
Desvendando o universo feminino: saúde mental na balança
Quando pensamos na saúde mental das mulheres, não dá pra ficar só na biologia. Metabolismo, hormônios? Sim, importam. Mas não contam toda a história. Precisamos jogar luz sobre como o gênero — e tudo que vem junto, tipo raça e classe — mexe com as relações sociais e, claro, com a saúde mental.
Olhando os números
Aqui vai algo para refletir: em 2019, eram 49 milhões de brasileiros enfrentando transtornos mentais ou problemas ligados ao abuso de substâncias, e 53% deles eram mulheres, aponta o IHME (The Institute for Health Metrics and Evaluation).
O relatório “Esgotadas” da Think Olga, uma autoridade em equidade de gênero, traz mais luz: 7 em cada 10 diagnósticos de depressão ou ansiedade no Brasil recaem sobre mulheres. E os sintomas mais reportados? Estresse, irritabilidade, baixa autoestima, fadiga, sonolência, insônia e tristeza.
E quando o dinheiro aperta?
O mesmo relatório da Think Olga revela que 48% das brasileiras se veem em condições financeiras difíceis, 36% endividadas e 22% dependendo financeiramente de terceiros. A insatisfação financeira tem suas raízes também em aspectos sociais e raciais, atingindo especialmente mulheres negras e das classes D e E, com mais de 50% relatando descontentamento.
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Sobrecarga e saúde emocional
A sobrecarga de cuidados cai pesado sobre os ombros femininos: enquanto elas dedicam cerca de 21,4 horas semanais ao cuidado da casa e família, os homens se envolvem por cerca de 11 horas nesses afazeres. Isso sem falar nas longas horas de trabalho remunerado, baixa remuneração e desvalorização social. Cerca de 25% das cuidadoras reportam insatisfação ou extrema insatisfação com sua saúde emocional; entre as mães solteiras, o número sobe para 57%.
Violência: um fardo a mais
As desvantagens sociais ligadas ao ser mulher se agravam com a exposição à violência doméstica e sexual. Dados alarmantes do Anuário do Fórum Brasileiro da Segurança Pública apontam que 88,7% das vítimas de estupro se identificam como femininas, e o feminicídio também viu um aumento nos registros em 2022.
Os dados não mentem: as mulheres enfrentam uma complexa teia de desafios que afetam profundamente sua saúde mental. Não é uma luta que se vence sozinha.
Olhar para essas questões é fundamental. Não tem atalho para enfrentar tais desigualdades. Precisamos de ação, de mudança, de atenção. Vamos juntos nessa?
Mulheres no trabalho: enfrentando desafios e buscando equilíbrio
Em 2022, a Deloitte soltou uma pesquisa que chamou a atenção. Conversaram com cinco mil mulheres, de dez países, Brasil incluído, sobre como elas se sentem no trabalho. E, olha, os números falam alto: 53% disseram que o estresse só aumenta, e 46% estão naquele limite, beirando o burnout.
Por que tanta pressão?
As razões? Vão desde o esgotamento (49% apontam isso), passando por salários que não fazem jus ao esforço (27%), até a falta daquela luz no fim do túnel para crescer na carreira (16%). É um combo que muitas mulheres conhecem bem de perto.
O Dia a dia não ajuda
E se já não bastasse, tem mais lenha nessa fogueira: salários baixos (32%), falta de reconhecimento (21%), horas e horas de trabalho sem fim (20%) e, pra fechar, nenhum plano de carreira que valha a pena (19%). Isso sem contar a dobradinha com as tarefas de casa (22%) que, vamos ser sinceros, ainda parece uma missão quase solo.
Trabalho híbrido: amigo ou vilão?
Aí entrou na moda o tal do trabalho híbrido. Prometia ser o herói da história, mas às vezes, parece mais confundir do que ajudar. As linhas entre trabalho e vida pessoal estão mais borradas do que nunca, e a sensação é de que as mulheres não tem um minuto de paz.
E os números, hein?
O Zenklub jogou luz em uma questão crucial com seu Report Anual de 2023, analisando mais de 20 mil respostas. O veredito? O Índice de Bem-Estar do Trabalhador Brasileiro ficou em 65,4.
Para se ter uma ideia, o ambiente de trabalho começa a ser considerado emocionalmente saudável a partir de 78 pontos. Isso significa que estamos longe do ideal quando o assunto é bem-estar no trabalho.
E quando olhamos mais de perto, a exaustão se destaca como o maior problema, marcando 58,8 no índice. Homens até apresentam um IBC (Índice de Bem-Estar Corporativo) um pouquinho melhor, com 5 pontos percentuais acima das mulheres. Mas a diferença gritante aparece na exaustão: ela é 8,9 pontos percentuais pior para elas.
Hora de Mudar o Jogo
Cansou de sentir que o trabalho consome mais do que deveria? Veja no Report Anual de Saúde Mental e Bem-estar do Trabalhador Brasileiro. Pode ser o primeiro passo pra virar esse jogo.
Fechando a conversa
A jornada é desafiadora, mas também está cheia de oportunidades para mudanças reais. O trabalho precisa ser um lugar onde as mulheres também cresçam, se sintam valorizadas e, acima de tudo, saudáveis mentalmente. Vamos juntos nessa transformação, construindo um futuro em que equilíbrio e bem-estar no trabalho sejam a norma, não a exceção.
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Terapeuta Integrativa | Bach Practitioner® | Comunicação Social
10 mÓtima matéria! A saúde emocional da mulher, especialmente das que são mães, precisa ser mais bem percebida e cuidada por todos ao seu redor.