Etarismo: em 2040, no Brasil, 56% da força de trabalho será 45+
Nos meus posts, comentários e artigos sobre #etarismo na RedeIn, tenho comentado que, sim ou sim, o mercado de trabalho terá que se adaptar à uma composição de quadro que precisará contar com profissionais de mais idade.
No estado de São Paulo, Entre 2000 e 2020, o número médio de filhos passou de 2,08 filhos por mulher para 1,56 (fonte: pesquisa SEADE)
A taxa de natalidade abaixo de 2 filhos, já aponta para a tendência da diminuição de jovens entrantes no mercado de trabalho e, consequentemente, o aumento do percentual de profissionais com mais idade.
Ontem estava lendo um texto de Julia Cerqueira ("Na Contramão do etarismo", revista Exame Online, link no final do artigo), que fala de estimativas que mostram que daqui uns anos haverá mais profissionais mais maduros do que jovens no mercado de trabalho. A expectativa é de que, em 2040, pessoas com mais de 45 anos ocupem em torno de 56% da força de trabalho no Brasil, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
Mas o mercado ainda não está muito inclusivo com essa faixa etária. O artigo “Empresas têm dificuldade para reconhecer etarismo nos processos” (link no final do artigo), mostra dados de pesquisa sobre etarismo e inclusão da diversidade geracional nas organizações, que evidencia que muitas empresas enfrentam desafios significativos na contratação e retenção de profissionais com mais de 50 anos.
Embora 48% das organizações tenham programas relacionados à diversidade geracional, a realidade é que 70% delas contrataram pouco ou nenhum profissional nessa faixa etária nos últimos dois anos.
Esse mesmo artigo fala do cenário que revela uma discrepância entre a intenção declarada das empresas em promover a diversidade e a prática efetiva de contratação, além de apontar um alto nível de desconhecimento sobre o etarismo nos processos corporativos, com frases como “profissionais de todas as idades podem participar dos processos seletivos”, que pode representar uma ausência de cuidado especial para inclusão dos talentos com mais idade.
Se em 2040 56% da força de trabalho será 45+, as empresas terão que correr e os profissionais serem intencionais no seu posicionamento no mercado de trabalho
O contraste entre as projeções futuras de predominância de profissionais mais maduros na força de trabalho e o atual cenário de escassa oportunidade para esta mesma faixa etária, é uma chamada urgente para uma mudança de paradigma no mundo corporativo.
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Vislumbrando uma realidade em que a experiência e o conhecimento acumulado serão cada vez mais valorizados, é fundamental que as empresas imediatamente se movimentem para reconhecer e abraçar o potencial e a contribuição que os profissionais mais velhos podem oferecer, investindo em programas de inclusão, desenvolvimento e retenção para essa faixa etária para enriquecer a diversidade do local de trabalho e, também, fortalecer a resiliência e a competitividade das organizações em um mercado em constante evolução.
O outro lado da moeda é o posicionamento que o profissional mais experiente precisa assumir hoje para manter-se relevante, tanto nesta fase de transição, quanto no futuro.
Se quiserem dar uma olhada, no meu post “Etarismo: Mantendo a empregabilidade nos 50+”, link no final do artigo, apresento 5 dicas sobre o que profissional pode fazer para passar mais tranquilo para essa fase de transição e para manter-se um profissional com muita coisa boa para oferecer.
Deixem seus comentários, curtidas, compartilhamentos. Vai ser muito bom interagir sobre o tema.
Referências:
Consultora para Gente e Gestão Estratégica | Implantação de RH | Especialista em Recolocação e Carreira | Headhunter | R&S | Gestão por Competências
9 mSeu artigo ficou incrível, Rogério e concordo que sim, há uma resistência na contratação de 45+, no entanto, há também uma deficiência no posicionamento e empregabilidade deste mesmo grupo geracional.
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10 mMuito bom. O assunto tem que ser tratado e lembrado todos os dias.