A felicidade da vida que faz sentido
Você acha que a vida é suficientemente longa e fácil ou curta e difícil? Não sou filósofo, guia espiritual, tampouco especialista no tema Felicidade. Todavia, não diferente da maioria das pessoas, busco viver uma vida mais completa e, por isso, achei que seria válido compartilhar um pouco do que penso, sob a ótica de um gestor.
Conheço empresários e altos executivos tão focados em seu sucesso profissional que vivem uma vida desequilibrada e estão sempre em busca de preencher um profundo vazio. Essas pessoas não dão atenção aos filhos, deixam a família de lado, não conseguem se organizar para ter uma vida plena. Possuem egos grandes, são inseguros, dão “patadas” nos outros ou precisam de demonstrações de poder para se sentirem bem. Quando perdem o emprego ou vendem suas empresas, entram em depressão, pois nada mais parece fazer sentido em suas vidas. Procuro não ter esses profissionais como exemplo, pois não acho que representem bem a minha visão de mundo - apesar disso, acredito que, no mundo corporativo, há um movimento grande de busca de um sentido na vida, e os millenials talvez sejam a geração que melhor entendeu isso.
Nossa vida é recheada de elementos imponderáveis, mas existe boa parte que podemos controlar. Já escrevi sobre isso. Sou um grande defensor da alta performance, de buscarmos uma vida que faça sentido, de que tentemos, o máximo possível, realizar os nossos sonhos, sem perder a perspectiva mais ampla de plenitude. No entanto, houve uma fase em que achei que felicidade seria viver sem problemas, mas percebi que essa felicidade nunca chegava. Acontece que, desde que saí da faculdade, os desafios corporativos só aumentavam, até que, uma vez, um colega me disse que os nossos problemas são do tamanho de nossa responsabilidade. E, se isso é verdade, seria muito inocente pensar que não haveria problemas em uma organização com 110.000 alunos e 6.000 colaboradores. Tenho a tranquilidade, entretanto, de saber que nenhum dos desafios que vivemos são oriundos de falta de ética ou de boas intenções. E quando esse é o caso, conseguimos conviver com essa carga, sem que isso afete a nossa felicidade. Por fim, se tudo é relativo nessa vida, problemas ficam pequenos quando tiramos da equação questões relacionadas à saúde, nossa ou de nossos entes queridos.
Por isso, para mim, felicidade significa um sentimento de satisfação com a vida, um estado interno de paz, de boas memórias e planos excitantes para o futuro, sensação de dever cumprido ou ainda a tranquilidade de deitar a cabeça no travesseiro, sem dever nada a ninguém. Felicidade é estar com minha família, compartilhar planos com minha esposa, ver os meus filhos se desenvolvendo, conquistar metas e objetivos profissionais, mas desejando o bem e derramando um pouco de amor nesse mundo, hoje tão individualista. Minha família é meu porto seguro, o que me dá resistência para assumir riscos calculados e enfrentar desafios. Todos esses pensamentos, porém, não me impedem de questionar diariamente: qual seria o meu papel nessa vida?
Segundo Dan Buettner, consagrado autor sobre o tema, a felicidade se baseia no seguinte tripé: “Satisfação com a vida”, “Emoções Diárias” e “Propósito”. Buscar um desses pilares, deixando um ou outro de lado, não traria felicidade. Por exemplo, emoções diárias podem ser colhidas em festas, encontros, viagens. Todavia, essa coleção de momentos pode ficar superficial se não temos um propósito, uma causa maior. A frase “dinheiro não traz felicidade” é um bom exemplo disso, pois dinheiro não traz uma causa maior, pelo contrário, pode até diminuir a sensação do tesouro que buscaríamos do outro lado do arco-íris.
Voltando ao início desse artigo, pesquisas mostram que aqueles que acham a vida suficientemente longa e fácil são mais felizes. Obsessão pela longevidade ou medo de morrer são possíveis sinais de que um vazio ainda não foi preenchido. Felizmente, recentes pesquisas também mostram que o melhor ainda está por vir, ou seja, a felicidade se torna mais intensa no terceiro terço de nossa existência aqui na Terra.
Passei por momentos difíceis neste ano, que fizeram com que propósito e felicidade se tornassem assuntos bastante presentes na minha agenda. Ainda tenho muito a desenvolver, mas sinto que estou no caminho certo. Um velho amigo meu sempre me diz que “da vida só se leva a vida que se leva”. Sua filosofia parece fazer cada vez mais sentido.
Gerente de Projetos | Liderança | Agile | Governança | Tecnologia | Transformação Digital |
6 mRelendo depois de 7 anos, permanece atual. 👏
assistente de biblioteca na FMF WIDEN
6 aEu nunca tive o presente maior de toda mulher :ser mãe!Acredito que a família é o maior alicerce para conseguir a tão almejada felicidade,nos pequenos momentos ela sempre estará presente,melhor é curtir cada dia como se fosse único.
Facilities / Educação Executiva / Empreendedorismo Feminino Áreas Administrativa, Acadêmica, Operacional, Compras e Suprimentos Empreendedorismo Feminino / Economia Solidária / Educação Executiva
7 a...E o que aprendemos e passamos aos nossos filhos nessa vida, são os verdadeiros tesouros, que dinheiro nenhum é capaz de comprar. Fazer o melhor para nós, pensando no coletivo é o diferencial para a desenvoltura da Revolução Humana ! Orgulho de fazer parte da família Adtalem Educacional do Brasil, na qual eu sou feliz e essa felicidade se multiplica dentro de minha casa e com os amigos com quem convivo !
Arquiteto Empreendedor e Treinador em Autoconhecimento Inteligencia Emocional e Inteligência Espiritual.
7 aEu penso completamente diferente. Quando puder entre em contato para trocarmos uma ideia mais ampla sobre, será uma prazer!
Certificação para Conselheiro de Administração, para Conselheiro Fiscal e para Conselheiro Consultivo.
7 aBelo texto, belas idéias e uma forma criativa e didática de transmitir seus pensamentos...Parabéns!