Finanças Corporativas e Conselho Consultivo
Créditos da foto: Andre-Taissin (Unsplash)

Finanças Corporativas e Conselho Consultivo

As Finanças Corporativas estão presentes no dia a dia de um Conselho Consultivo. Quanto mais os membros do Conselho entenderem seu papel e relacionarem com a saúde financeira da(s) empresa(s) que são conselheiros maior a probabilidade da perenidade da organização.

O objetivo deste artigo é dar orientações de aspectos fundamentais sobre Finanças Corporativas para pessoas que trabalhem ou pretendam trabalhar em um Conselho.

Para alguém estar em um Conselho precisa ser especialista em Finanças Corporativas?

Ocupar uma cadeira em um Conselho, seja ele Consultivo ou de Administração, não é uma tarefa simples. Exige profundo conhecimento de mercado, experiência como líder/executivo(a) contribui bastante e ter competências analíticas e visão financeira até pouco tempo era praticamente mandatório (com a diversidade em todos os sentidos, os Conselhos começam a se abrir para terem pessoas com conhecimentos complementares além do aspecto financeiro, como Inovação, Cyber Segurança, Cultura Organizacional dentre outros).

Achar que não é necessário entender nada de finanças, também é um equívoco. Na minha visão, conhecer sobre estratégia e números/indicadores financeiros é uma premissa; talvez a “exigência” do(a) conselheiro(a) ser um especialista em finanças está mudando.

Imagino que essa evolução esteja acontecendo, pois o próprio papel dos Conselhos também está se ajustando de acordo com as mudanças que vivemos seja na esfera econômica, política, tecnológica, social etc. Neste contexto, entender de negócios e adicionar competências que também são importantes e podem contribuir em uma conversa de Conselho pode inclusive ser uma vantagem competitiva tanto para o Conselho em si, quanto para as pessoas que tiverem este perfil.

Talvez uma das principais mudanças do Conselho é o foco e posicionamento dos/das conselheiros(as). Estar mais no futuro (“olhando pelo para-brisa”) ao invés de ficar “apenas” analisando dados (         olhar pelo retrovisor       ) mostra a direção que os Conselhos precisam ter para auxiliar na visão de longo prazo e direcionamento estratégico de cada empresa.

Conhecimento da Cadeia de Valor do Segmento

Além das competências individuais e uma combinação de olhar para o futuro estando no presente, entender e conhecer a cadeia de valor do segmento da organização do qual a pessoa será conselheiro(a) poderá ajudar de maneira relevante a atuação e os resultados trazidos pelos membros do Conselho.

Compreender a visão ampla/sistêmica de uma cadeia de valor e, a partir daí, poder sugerir, recomendar e orientar tende a ampliar as chances das contribuições serem mais efetivas e assertivas.

Entender as diferentes partes da cadeia de valor de uma empresa e identificar onde e como o Conselho pode ser útil, especialmente em perspectivas que não estão sendo analisadas e podem trazer um grande risco para uma organização é uma das missões de um(a) conselheiro(a) que faz a diferença na realidade.


Pontos Fundamentais para Entender Finanças Corporativas

Uma pessoa que ocupou um cargo de Controller ou CFO na sua trajetória profissional provavelmente terá um conhecimento maior em Finanças do que pessoas que não tiveram experiência na área.

E quando esse não for o caso de um profissional que deseja atuar em um Conselho ou até mesmo já esteja em um e percebe que poderia contribuir mais se tivesse uma “mente mais financeira”? Conhecer alguns princípios faz a diferença.

Abaixo compartilharei princípios que apesar de serem básicos para algumas pessoas são pontos fundamentais para entender Finanças Corporativas e fazer a diferença em um Conselho Consultivo. Ler e conhecer pelo menos de maneira básica alguns materiais são importantes, tais como:


·        Guidance

·        Plano de Negócio

·        Planejamento Estratégico (ou ações estratégicas)

·        Planejamento Orçamentário

·        Forecast

·        Demonstrações Contábeis e Notas Explicativas


Estes materiais podem parecer complexo e de difícil análise e entendimento no início. Quanto mais a praticar, ler e estudar (por meio de livros, cursos etc.) o tema maior será a maestria adquirida em Finanças Corporativas, como em outros assuntos também.


Considerações Finais

Estar conectado com as atualidades e poder utilizar sua experiência profissional é algo requisitado de pessoas que estão em cadeiras dos Conselho.

Quando a experiência e a competência da pessoa não estiver relacionada à área financeira, se capacitar e conhecer de forma mais aprofundada pelo menos o mínimo necessário sobre a temática provavelmente fará uma grande diferença nas contribuições que o(a) conselheiro(a) poderá trazer em alinhamento com sua principal expertise.





Fabrício César Bastos

Sócio-Diretor

www.flowan.com.br

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