Finanças pessoais para viver melhor

Finanças pessoais para viver melhor

Se houvesse uma prova de finanças pessoais no Brasil, a maioria seria reprovado. Nós brasileiros (desculpe a generalização) sofremos de falta de instrução nesse quesito, normalmente não recebemos educação financeira dos nossos pais e muito menos pelo ensino regular. Para agravar um pouco mais, temos (novamente generalizando) uma cultura um pouco consumista e imediatista, esses fatores aliados aos juros altos, não poderiam dar uma combinação satisfatória.

 

Engana-se quem acha que administrar as finanças é passar vontades ou deixar de consumir. Ter bom controle financeiro permite usufruir melhor das coisas boas que o dinheiro propicia, alcançar tranquilidade orçamentaria ou mesmo colocar o dinheiro para gerar mais renda ainda. Tudo isso trocando as noites mal dormidas com pesadelos de contas vencidas ou por vencer.

Há diversos bons livros sobre o tema. Destaco o autor brasileiro Gustavo Cerbasi, que tem vários títulos publicados sobre o assunto. Uma coisa é certa: cada indivíduo é responsável pelo próprio futuro, e, não fazer planejamento é esperar que a sorte caia do céu.

Como não dá para escolher o valor do próprio salário, a alternativa é se esforçar para alcançar promoções e em conjunto racionalizar os gastos. O ato de consumir é fazer escolhas: escolher fazer uma viagem para o exterior ao invés de trocar de carro, trocar de celular ou aplicar o dinheiro, jantar fora ou comprar livros, etc. Como a renda é finita, ao adquirir um produto necessitará da abdicação de vários outros. Também há a opção de “não consumir” ou ainda prorrogar a aquisição. Cada indivíduo tem suas próprias prioridades, sendo assim, é ele que deve fazer suas escolhas, mas sempre estando consciente que isso terá reflexos no futuro.

Algumas pessoas não tem o hábito de fazer reservas financeiras, e aquela desculpa de que o salário é baixo não é válida, pois existem pessoas com baixíssimo salário que conseguem poupar 15% da renda ou até mais, bem como existem pessoas com altos rendimentos que não conseguem poupar nenhum realzinho sequer. Mas alguém pode perguntar: poupar para quê? Destaco três bons motivos:

-Ter reserva para emergências (problema de saúde, desemprego, etc);

-Economizar para adquirir um bem ou serviço de alto valor sem necessidade de grandes financiamentos (férias sonhadas, compra ou troca de carro, moto ou casa, faculdade dos filhos, etc);

-Formar patrimônio para complementação da aposentadoria, pois quem pretende depender somente da aposentadoria oficial, deverá se preparar para uma vida de faquir.

Uma boa notícia para os mais jovens e um alerta para os demais: quanto mais cedo se começa uma boa gestão do dinheiro e início de uma reserva (poupança), mais sucesso terá. Para exemplificar, em abril de 2015 uma aplicação em título público federal TESOURO SELIC (ex LFT) rendeu algo em torno de 0,80% (já descontado impostos para prazo acima de 720 dias). Podemos ter as seguintes situações:

-Um jovem de 20 anos começa a aplicar R$ 100,00 por mês, mas aos 40 anos resolve parar de poupar, mas manter mantendo o valor acumulado na aplicação. Então decide usufruir do dinheiro aos 60 anos. Nessa situação ele teria feito 240 aportes de R$ 100,00, totalizando R$ 24.000,00 poupados. Mas ao chegar aos 60 anos, teria disponível R$ 488.137,29;

-Um adulto de 40 anos aplica os mesmos R$ 100,00 por mês e também decide utilizar o dinheiro aos 60 anos. Ele também teria feito 240 aportes, totalizando os mesmos R$ 24.000,00, mas teria disponível somente R$ 72.113,12.

Qual a “mágica” para a grande diferença de resultados entre os dois casos? É que o jovem começou antes, sendo assim os juros “trabalharam” por mais tempo (20 anos a mais). Foi a força dos juros compostos trabalhando por mais tempo. Essa simulação foi apenas para ilustrar o poder do juros no tempo, pois o correto seria calcular descontando-se a inflação, que é a perda do poder de compra no decorrer do tempo.

Fazendo contas parece fácil… e é, só requer um pouco de planejamento e uma porção de disciplina. Dessa forma qualquer trabalhador pode atingir sonhos aparentemente atingíveis somente para pessoas com altíssima renda mensal. Baixe nossa planilha de simulação financeira e veja como acumular capital para seus sonhos tornarem realidade! Baixe aqui

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