Governança - Cloud

A Cloud hoje já é assunto quase corriqueiro e cada vez mais se fala na migração para Cloud (ou nuvem) com vários objetivos, desde redução de custos, escalabilidade, segurança e menor investimento, mas uma questão importante e que agora começa a ser mais discutida é sobre a previsibilidade de gastos com a Cloud e a governança de todo o ativo que está na Cloud, principalmente sob o ponto de vista financeiro, tentando manter os válidos os valores contratados.

Em Governo, Setor Público, a migração para Cloud, depois de vencidas as questões de localização no Brasil, segurança, backup's no Brasil entre outras, surge a questão financeira. Pois a contratação se dá por um Edital com preço anual ou mensal definido, e a facilidade de Cloud "pay per use" complica muito a gestão disso, o cliente pode acabar gastando todo valor anual antes do término do contrato, obrigando a existência de um aditivo contratual (no máximo de 25%) para poder continuar operando, esta operação muitas vezes não é tão fácil ou rápida. O mesmo vale se o contrato prever pagamentos mensais pois poderá ocorrer de não ter crédito suficiente para o ano todo, em virtude de ter gasto mais mensalmente do que o previsto quando da contratação.

Isto não acontece somente com Governo, as empresas privadas certamente tem os mesmos problemas e algumas vezes o fluxo financeiro pode não permitir com tanta facilidade o "pay per use".

Assim torna-se cada vez mais importante gerenciar/monitorar/controlar os gastos de Cloud, tais como, o que pode ser feito, quanto de consumo já foi realizado, quanto falta para consumir, quais serviços na Cloud podem ser desativados, quais serviços devem estar sempre funcionando, os backup's e assim por diante. Isso acaba gerando um novo mercado de governança, acompanhamento financeiro da execução de Cloud, que terá como responsabilidade apoiar as empresas no controle dos gastos financeiros, consumo de insumos na Cloud, ajudar o cliente a garantir a previsibilidade de valores gastos.

Estas atividades são diferentes das que um broker pode realizar pois este acaba sendo o responsável por operar toda a Cloud e todo o gasto é repassado ao cliente, assim ficam sob sua responsabilidade todo o trabalho do cliente na Cloud, como subir servidores, instalar softwares, armazenamento, e ganha também pelo consumo.

O Governo, aqui no Brasil, ainda não tem um modelo único de contratação de Cloud, pois hora contrata créditos, direto do provedor de nuvem, que podem ser utilizados em qualquer serviço, dede que o valor esteja dentro dos créditos contratados. Em alguns casos optou por contratação de um broker que fica responsável inclusive pela multi-cloud, mais de uma Cloud provendo serviços ao cliente, e assim este broker contrata serviços de um provedor de Cloud e repassa ao cliente Governo de acordo com o contratado. e por último tem a contratação de uma empresa que será responsável pelo fornecimento de Cloud ao cliente Governo, neste caso a relação contratual é Governo x empresa, e a empresa mantém a relação com o provedor de Cloud, quase como se fosse um broker porém com a diferença de que o cliente pode também administrar a Cloud.

Os provedores de Cloud, em sua grande maioria, liberam controles de uso, porém não tem preocupação quanto aos limites. Assim para alguns pode-se limitar o gasto, porém o provedor de Cloud apenas avisa que está chegando ao limite o consumo ou mesmo chegou ao limite, porém continua a fornecer o serviço e contabilizar cada vez mais.

Mas muitas vezes o cliente consegue realizar as atividades que o broker realiza, porém não tem ainda a governança destes serviços e este sim é uma atividade que cada vez mais será necessária para garantir a continuidade de serviços na Cloud sem riscos de créditos adicionais sem previsibilidade. Os clientes hoje estão verificando que a Governança da Cloud sob ponto de vista financeiro passa a ser muito importante para evitar paralizações de serviço.

Este texto foi apenas uma introdução sobre Governança na Cloud mais adiante vamos ver as Soluções de mercado que podem apoiar aos cliente em ter uma maior previsibilidade financeira em relação aos créditos contratados ou ainda sobre os serviços contratados.

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