LIDERANÇA 4.O E MBTI
O MBTI é usado por organizações, em todo o mundo, para contribuir para a melhoria do desempenho dos colaboradores, havendo inúmeras aplicações, mas essencialmente dos líderes.
No advento da Liderança 4.0, nesta que é a quarta Revolução industrial, estudos mostram que a liderança atual está obsoleta. A ideia de um estilo dominante, ou de um estilo preponderante, é claramente ultrapassada.
No estudo sobre a Liderança 4.0 da Oxford Leadership, uma das conclusões é que, no futuro, precisamos de ter uma liderança mais distribuída, colaborativa e benevolente. Grupos como a L’Oreal já iniciaram a sua rota de transformação neste sentido.
Equipas de alto desempenho serão as que consistentemente tomam decisões mais rápidas, melhores e em equipa. Na verdade, outro dos grandes desafios desta Liderança do futuro é a intuição coletiva.
Muito pode ser dito sobre o líder e a liderança 4.0, mas para o efeito, sublinho apenas mais uma: a curiosidade e a aprendizagem como ferramentas de trabalho, capacitando a adaptação constante às mudanças do contexto de mercado, organizacional político, etc…
Nenhum dos 16 tipos do MBTI é melhor que outro. Nenhum dos 16 tipos é ideal para Liderança. Porém, sempre que falamos de liderança e de MBTI, é estatisticamente preponderante encontrarmos estilos STJ.
S de Sensação, corresponde à função mental ligada à forma como percebemos as coisas e que tipo de informação privilegiamos. Os S, gostam de usar a experiência e o convencional na sua abordagem de problemas. Podem ignorar intuições, apesar de raramente se enganarem nos factos. Focam a sua atenção no detalhe, seguindo passo a passo, ou por partes, sempre focados na precisão. O seu foco é o presente.
T de Pensamento, é a função mental associada à tomada de decisões. Utilizam a lógica para chegar a conclusões, dando um cunho objetivo às suas decisões; estimulam e apreciam a crítica, os princípios, privilegiam os motivos e são firmes, mas justos. Muitas vezes acusados de “insensíveis”, apesar de ser apenas o resultado de focarem a sua comunicação no trinómio factos-exemplos-aplicação e de os sentimentos, para este tipo, serem dados secundários.
J de Julgamento, refere-se à preferência associada com a orientação para o mundo externo e a forma como nos encaixamos no mundo. Esta preferência é caracterizada pelo planeamento e cumprimento do plano, o foco na entrega e na concretização, numa busca constante de estrutura e organização. Se para si viajar é sinónimo de lista, planos, horários, o que vai fazer e o que vai ver, onde comer - tipicamente associados a quem, onde, como, quando… esta é a sua preferência.
Em Liderança, e se nos focarmos nas funções mentais, um Líder ST é um líder focado nos factos, cuja sua contribuição se traduz em procedimentos, políticas e eficiência. Uma abordagem sistémica focada no resultado e pouco nas pessoas.
Por outro lado, o Líder SJ é tradicionalista e consolidador com tendência para a burocracia, apesar de serem as melhores pessoas para entregar o que se lhes exige. São líderes em que se pode confiar para cumprir.
Factos, pragmatismo, resultados, presente, experiência comprovada, método, crítica. Algumas das palavras que encaixam neste tipo e neste líder.
Sendo que o Líder 4.0 é mais N - colaborativo, intuitivo, com foco no futuro, na inovação, co-criação – e aqui todos sentimos que há uma enorme oportunidade de aprendizagem!
Inovação, intuição e futuro são dimensões da preferência N.
Adaptação, flexibilidade, capacidade para lidar com o inesperado são dimensões da preferência P.
O caminho está na diversificação de competências, muitas vezes fora de preferência. Com o MBTI e um bom processo de coaching isto será possível. Até para um STJ? Sim, principalmente para um STJ.
Será o futuro dos líderes NTP ou NFP?
Venha saber mais no Workshop de MBTI e Liderança no dia 3 de abril!