Monografia: A INTERNET E SUA INFLUÊNCIA NOS FUTUROS PLEITOS ELEITORAIS (Parte 10)
Com todas as ferramentas de aprimoramento da cidadania à disposição da sociedade, essa mesma sociedade deve repensar alguns atos imprudentes. Ou seja, não se pode utilizar uma tecnológica tão referendada para aproximar os diferentes, para ao bel prazer investirem em atos desabonadores contra seus adversários (em especial no campo político). A utilização das redes sociais (facebook, youtube e outras), de forma depreciativa não vem ajudar nenhuma das partes. Ou melhor, atos desrespeitosos para com esses concorrentes (no campo político), faz com que a própria sociedade se incomode contra tais atitudes. O “homem da pedra” utilizava a força para suas conquistas diárias (quer seja cassando ou até mesmo impondo seus desejos mais primitivos). Essa era, pertence a um passado não mais existente. O homem de hoje e também o do futuro, não pode debruçar-se, a frente de uma tela de computador ou celular, com objetivos de denegrir a imagem alheia, haja vista existem formas de demonstrar convicções pessoais, sem adentrar no mérito, de forma depreciativa, das divergências que naturalmente surgem nas relações sociais, em especial as convicções políticas.
O concorrente de hoje, poderá e naturalmente ser, o aliado do amanhã. Assim, as formas políticas de apresentar-se ao público alvo, devem ser pautadas com irrestrito respeito às posições diversas. O respeito às minorias, através do posicionamento da maioria é algo louvável, pois não existe democracia, sem o respeito às posições políticas diferenciadas. No campo de idéias, a forma bem mais acertada de alavancar e executar projetos políticos de interesse social é aprimorando a argumentação e muitas vezes, cedendo parte de posições pessoais, em prol de aprovações legislativas que se percebe o intuito de prevalecer o bem de uma comunidade, no sentido mais amplo da palavra.
As divergências pontuais devem ser levadas ao parlamento para que, após discussões de cunho pessoal e posicionamento político, entrada em votação, onde a tese vencedora será a da maioria. Isso não quer dizer que, as minorias não devem ter direito à voz. O direito ao “à parte” é algo sagrado na apresentação de visões políticas e é nesse momento que através de emendas parlamentares, o político intervém para que, mesmo que parcialmente, suas convicções sejam também levadas a voto e sejam elas utilizadas para o fortalecimento da posição vencedora. Isso é o tão conhecido e debatido direito ao enfrentamento de idéias e manifestações.
Num mundo globalizado o político do sul, deve necessariamente comunicar-se com o do norte, pois, mesmo com suas particularidades (no campo pessoal e político), suas experiências pessoais são de suma importância para o aperfeiçoamento de conquistas gerais. Exemplos regionais têm os conhecidos consórcios de municípios que, após exaustivas reuniões, pontuais, chega-se a conquistas de interesse interpessoais. Mais esclarecedor, também temos as conhecidas “olimpíadas – jogos regionais”, que, através de participação coletiva, incentiva-se a prática esportiva por uma quantidade maior de adeptos. Não se faz uma menção à “corrida de rua” tão somente aos munícipes de uma só cidade ou território, mas, quanto mais aglutinar participantes, melhor será o resultado daquela intenção inicial, que é o envolvimento de toda a sociedade numa melhor preparação física e uma melhor qualidade de vida, aos seus adeptos e participantes.
Precisamos pensar em dividir conquistas do que necessariamente valorizá-la de forma individual. Quando temos o prazer em transmitir conhecimentos através da internet, de forma aleatória (mesmo que seja a um grupo específico de leitores), não significa que não possamos colher frutos incalculáveis sobre os resultados futuros. A divisão de conhecimentos, através dos meios de comunicação, em especial a internet, faz com que, o emissário desses conhecimentos, chegue a um número maior de destinatários, fazendo assim, suas conquistas e posicionamento pessoal ganharem mais e mais adeptos da forma que conduzem seus negócios e posicionamentos. Ao político não se pede posição diferente. Quando esse mesmo político coloca em redes sociais seus projetos de governo ou gestão pública, estarão trazendo a discussão, pessoas que mesmo não sendo de sua região, fará com que, técnicas de aprimoramento dessas iniciais idéias façam chegar ao conhecimento dos eleitores específico de uma região, alavancando seu status de bom gerador de projetos políticos, fazendo assim, o mais presente nas discussões de seu eleitorado.
O homem público deve sempre semear o convívio harmonioso entre os diferentes. Essa é uma forma de adquirir o respeito de mais e mais camadas sociais diversas. E a internet vem somar a esse conceito, pois quando compartilhamos, postamos ou manifestamo-nos através das ferramentas de interação (facebook, youtube e outras), estamos apresentando nossos projetos á uma gama maior de internautas e essa forma de interagir, faz com que nossos anseios e projetos políticos cheguem a uma maior quantidade de eleitores, e arregimentamos pessoas desconhecidas para levar esses mesmos projetos a sua efetiva criação, participação e execução.
Temos ouvido de alguns marqueteiros políticos, que com o advento da internet nas eleições políticas, o custo, em alguns casos, aumentará esse percentual de gastos. Em uma democracia não se mede o ganho das conquistas sociais pelos gastos financeiros. Desde que, seja um gasto proporcional e razoável para que cheguem as idéias de bons projetos políticos a todos os interessados no pleito eleitoral, faz-se necessário o custo dessa empreitada. Não podemos aceitar eventuais desvios de condutas, que deverão ser reprimidos com os mecanismos de punição e afastamento da vida pública de seus praticantes, mas devemos apoiar a divulgação, de forma mais ampla possível, dos posicionamentos políticos diversos. Só assim, terá abrangido todas as formas de pensar de uma sociedade e também a oportunidades de fazer o julgamento do melhor para aquele eleitorado específico.
Diariamente nascem aplicativos de controle dos atos praticados nas eleições. Assim, o homem público deve estar atento a essas novas ferramentas de controle. Não podemos desprezar o ganho com tais mecanismos de controle, quer seja, nas denúncias quanto à aplicação de recursos financeiros de forma irregular, quer seja em praticas abusivas, do poder político ou econômico, quiçá do agora também conhecido poder religioso. Mas, específico no caso ultimo, os templos religiosos não são formas mais adequadas para palanques políticos. Também não podemos tirar o direito de seus membros ou representantes fazer suas manifestações de cunho pessoal. Precisamos saber afastar o “joio do trigo” com cautela. Pois, se uma parte da sociedade, se junta com propósitos semelhantes, o Estado não pode querer impor suas proibições, de forma aleatória, baseando-se tão somente na conhecida “paridade de armas”. A sociedade deve sim, poder manifestar-se através de seus mecanismos de divulgação, sem o receio de estar cometendo proibições infundadas. Os princípios da razoabilidade, proporcionalidade devem ser o equilíbrio entre toda forma de utilização dos meios de comunicação (independente ser eletrônico ou físico), para levar a uma maior quantidade de pessoas bons projetos, quer seja políticos ou não.
Em uma sociedade desenvolvida, a presença do Estado é ínfima, pois os mecanismos de controle devem ser pautados para inibir excessos quanto aos desvios de condutas. Não se pode querer de uma comunidade ou população, a seus anseios e suas propostas, criando mecanismos de inibição para suas manifestações. Deve sim, o poder público afastar os conhecidos desvios de condutas (imposição, “voto de cabresto”, compras de votos etc.). Mas, devemos dar suporte a toda forma de manifestações, mesmo que não concordamos com elas, pois estará assim, criando ou qualificando as posturas políticas de um povo.
No campo da internet não seria louvável o poder público afastar, como o fez no passado, as manifestações individuais. A internet, através de suas redes sociais e profissionais, está à disposição de todos, e sua filtragem dar-se-á através de mais investimentos na educação de sua população. Pois é através da educação que alcançamos melhores resultados de conquistas coletivas. É pela educação, que formamos seres humanos mais engajados com os valores morais e éticos de um povo. O Estado não pode intervir na forma desse mesmo povo escolher suas visões individuais, e sim combater as desigualdades contra os semelhantes. O político deve pregar o bem comum a todos, e utilizando-se de mecanismos legais para a abrangência maior de conquistas a um número maior de envolvidos.
É salutar lembrarmos que antes da era digital, a máquina de escrever era um luxo de poucos. Quando veio o advento do computador, era pensado, por todos, que seria conquistas de uma pequena quantidade de privilegiados. Não foi assim, os incentivos fiscais para o barateamento dessas poderosas máquinas digitais foram expandidas para uma camada, cada vez mais, de interessados e simpatizantes. Hoje, não vemos mais, a sociedade como um todo, sem a presença das eficientes máquinas de aproximação de povos. Hoje, chega-se ao hemisfério norte, num suave manuseio do “mouse” de computador. As conquistas de uma sociedade são expandidas por outras, através do mundo da computação. A tão somente divulgação de resultados, trás aos interessados distantes, a incumbência de ajustar aquelas condutas praticadas ao seu meio social. Nada é passado despercebido pelo mundo digital. Conquistas de uma população do nordeste do país podem ser facilmente incrementadas nas regiões sul e sudeste, desde que, amoldada as suas particularidades regionais.
O homem público e político devem sempre estar atentos as conquistas de uma população, pois suas virtudes é o pensar no bem comum, convergindo para seu eleitorado o melhor aparelhamento da coisa pública, colocada a disposição de todos. Não se pode pensar no melhoramento de salários da classe médica, sem uma visão geral para todos ligados, direta ou indiretamente, com a saúde pública em geral. Todos, conjuntamente, são os pilares de uma boa saúde pública, com eficiência e qualidade à disposição de toda sociedade.
O aparelhamento tecnológico nos hospitais e casas de saúde pública se faz necessário, pois é com atos de boa gestão que se mede a eficiência de uma administração. Hoje, na era da informática, a colaboração científica é algo louvável, pois, participam de intervenções cirúrgicas, profissionais da medicina, de diferentes regiões do país. Um profissional em efetivo exercício em um hospital da rede pública de saúde do Estado do Pernambuco poderá, diretamente, estar ligado a uma operação em um Estado da região sul, através dos mecanismos e ferramentas do mundo digital. Assim, o homem público (político), deve incentivar a troca de experiência entre esses profissionais, distantes fisicamente, mas tão próximos aos objetivos de êxitos nessas intervenções clínicas. O mundo da internet deve ser desbravado por todo serviço público, pois estará assim, quebrando barreiras, afastando o desconhecimento de técnicas já utilizadas, e acima de tudo, levando aos interessados uma avaliação médica e efetiva execução de excelência.
No campo dos esportes, não se vê mais um atleta de grandes rendimentos não fazer uso das ferramentas tecnológicas colocadas à disposição para esse fim. A utilização de gráficos e tabelas é de suma importância para avaliação por profissionais da educação física. Hoje, um atleta que está em fase de preparação a uma conquista nacional não poderá deixar de utilizar-se de aparelhos tecnológicos que medem suas pulsações, seus batimentos cardíacos e seu crescimento natural quanto a seu desempenho. Na era digital, todos nós devemos nos curvar ao bem que faz as descobertas de mais e mais ferramentas tecnológicas de controle e eficaz produtividade, com os quais, os profissionais envolvidos na dinâmica entre uma boa e saudável preparação desses interessados. Isso é o valor do mundo digital. (15.09.2016 – 12h07).
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