Mulheres que estão seguras em seus empregos atuais podem permanecer presas (mesmo estando infelizes).
Resultados da pesquisa Women in the Workplace 2021, feita pela consultoria McKinsey & Company e pela organização LeanIn. Depois de entrevistarem mais de 65.000 pessoas de 423 empresas nos Estados Unidos e Canadá, os pesquisadores concluíram que 42% das mulheres sofrem com sintomas da síndrome de burnout. Entre os homens, a taxa foi de 35%. Em 2020 e 2019, os índices eram de 32% e 28%, respectivamente.
Síndrome de Burnout é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade. A principal causa da doença é justamente o excesso de trabalho.
De acordo com a pesquisa, uma em cada três mulheres está pensando em fazer uma mudança na carreira afim de obter mais realização profissional. Entre suas reinvindicações estão: empresas que as valorizem, flexibilidade e treinamento aprimorado. No entanto, é fato que mudanças assim em ambientes organizacionais são mais difíceis de serem promovidas.
Sabemos que a mulher naturalmente se cobra em mais demandas do que os homens, pois além do papel profissional, é comum a mulher vestir a capa da mulher maravilha e querer dar conta de tudo, seja em casa com os filhos, nas atividades diárias e até mesmo no trabalho querendo provar que consegue dar ser seu melhor em TUDO!
É claro que o patriarcado prejudicou a vida dos homens, deixando-os sempre na posição de poder, de ter sempre que ser o homem que traz sustento à família e que nunca, jamais, pode demonstrar fraqueza. Meninos, concordam?
Entretanto, podemos afirmar que as mulheres são ainda mais afetadas com a cultura patriarcal do qual convivemos naturalmente por tanto tempo. Que bom que as coisas estão mudando e melhorando para todos os seres humanos, independente de gênero. Seguimos na luta!
Faz sentido afirmar que por causa dessa cultura toda, a mulher instalou naturalmente uma crença de que tem que ser boa e perfeita, caso contrário não serve e que quando algo sai diferente do planejado na vida dela, automaticamente vai ser achar incapaz, sentirá que não é boa o suficiente, ativando a síndrome da impostora e caindo naquele looping da falta de autoconfiança.
Apesar de ter ganhado visibilidade mais recentemente, o conceito popularizado como Síndrome da Impostora foi descrito pela primeira vez em 1978, em um artigo escrito por Pauline R. Clance e Suzanne A. Imes, no qual analisaram 150 mulheres, cujo o título é “O Fenômeno do Impostor em mulheres bem-sucedidas”.
A falta de autoconfiança, indica que muitas mulheres desistem de fazer alguma mudança antes mesmo de começar e curiosamente, essa ausência de confiança se dissemina por diversas funções e setores, e até em mulheres bem-sucedidas assim como publicado no artigo de Pauline e Suzanne.
O fato é que com tantas responsabilidades acabamos esquecendo de um pequeno detalhe e talvez o mais importante, não somos máquinas e não estamos aqui para salvar o mundo.
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Mulheres que estão seguras em seus empregos atuais podem permanecer presas (mesmo estando infelizes) simplesmente porque duvidam se sua própria capacidade e, consequentemente de suas habilidades e experiências para sair em busca de novas oportunidades.
É um desperdício de tempo e de saúde tremendo um cenário em que mulheres não tenham incentivos para explorar mais seus talentos.
Chegou o momento de você avaliar seus valores inegociáveis e usá-los para orientar seu próximo passo. Quando você se conecta com o que você tem de mais valioso, você pode superar a sua dúvida.
4 dicas simples que vão te ajudar a desenvolver a autoconfiança necessária para fazer uma mudança na sua carreira.
1 – Dê o basta! Decida que não quer mais desperdiçar seu tempo e sua saúde em algo que não te traz mais satisfação.
2 – Se observe. Liste situações em que você se sente mais insegura, possíveis ameaças ao fazer uma mudança. Para cada ameaça, traga uma solução.
3 – Trate-se na terceira pessoa. Você não falaria para uma amiga que ela não é capaz ou que ela não é boa o suficiente, falaria? Quando falamos em mudança de carreira, é preciso que você libere o perfeccionismo, você vai ficando boa no processo.
4 – Reconecte-se com sua história. Liste suas conquistas profissionais e pessoais, por mais simples que pareça, mas relacione. Liste também suas qualidades, no que as pessoas te dizem que você é boa. Escreva uma carta ou um e-mail para você mesma relacionando e contando um pouco da história dessas conquistas.
É claro que isso tudo é um processo e esse processo não é linear.
Toda mulher é cíclica, e é fundamental respeitar seus processos, combinado?