Não reaja, AJA….
Hoje, mais do que em qualquer época da história, a informação nos chega em uma quantidade e velocidade avassaladoras. Nessa realidade nos sentimos tão apropriados de conceitos e abordagens que se algum parente ou amigo nos aborda com algum problema, rapidamente puxamos de nossa biblioteca mental a resposta acertada e embasada. Diante disso a insigne pergunta é: Se sabemos tanto por que ainda não conseguimos resolver os nossos próprios problemas? E podemos continuar em uma sequência de perguntas: por que eu disse aquilo, sabendo que eu não deveria dizer? Por que aquela conversa em família que eu planejei resultou tão infrutífera e fora do propósito inicial? Por que eu fiz de novo aquilo que eu prometi não mais fazer? A resposta provavelmente é: Você reagiu ao invés de agir. Como explica Daniel Goleman: sempre que ficamos transtornados a ponto de dizer ou fazer coisas das quais nos arrependemos mais tarde é sinal de que nossa amigdala – o radar do cérebro para situações de perigo e o desencadeador da reação de luta ou fuga – sequestrou os centros executivos do cérebro, no córtex pré-frontal. Assim sendo, precisamos de alguns segundos para nos organizar e dar tempo para que manifestação racional aconteça. Por isso costumamos dizer: conte até 10. Essa estratégia funciona sim, mas precisamos somar a ela a reflexão acerca do ocorrido para embasar o nosso agir subsequente.
Dom Miguel Ruiz traz em seu livro: Os quatro compromissos- um guia prático para liberdade pessoal, estratégias que podem auxiliar a agir, evitando as complicações da reação. Primeiro compromisso: Seja impecável em suas palavras. Para atender a essa orientação devemos fazer de nossa fala o resultado de um processo: pare, sinta, pense e articule. Isso quer dizer: não fale sem pensar!!!! Pondere mentalmente as palavras, sinta como elas podem impactar o outro, selecione e organize e só então pronuncie. Se essa orientação serve para as conversas corriqueiras redobre a atenção nas discussões, frações de segundos podem nos levar a anos de culpa. Reflita antes de dizer algo, lembre-se: Você terá que conviver com o que falou!
O segundo compromisso é: Não tire conclusões. Eu achei que.... eu pensei que... eu entendi que.... Nossas conclusões geralmente seguem nossa linha de raciocínio particular, nossas experiencias de vida, nossos medos e nossas perspectivas individuais. Dessa forma corremos o risco de sermos levianos em nossas conclusões. A orientação aqui é: pergunte: o q vc quis dizer com....; esclareça: eu entendi que.... é isso mesmo? , confirme, vc esta dizendo que.... você deseja que...Essas abordagens diminuem o risco de chegarmos a conclusões erradas e reagirmos a situações desproporcionalmente a realidade.
Não leve nada pelo pessoal, esse é o terceiro compromisso. Quando levamos algo pelo pessoal, tendemos a “perder a linha” de forma mais fácil e passamos a reação agressiva na tentativa de “defender a nossa honra”. É necessário termos a maturidade capaz de separar um comentário de uma critica pessoal. Por exemplo, o chefe diz: seu relatório não está bom. O imaturo logo pensa: Esse chefe não gosta de mim, está sempre implicando comigo.... O individuo de sensatez pondera: Ele não gostou do relat´roio posso fazer melhor. Com isso, temos que aquele que se sente atacado precisa defender-se enquanto aquele que se sente orientado busca melhorar-se. Na primeira situação cria-se mais um problema, na segunda resolve-se.
O último compromisso é: Faça o seu melhor. Nesse compromisso somos convidados a ir além do comum, a rompermos a barreira do comodismo para entregar não só o que podemos mas o melhor que podemos! O professor Mario Sergio Cortella resume essa orientação: Fazer o teu melhor na condição que você tem enquanto não tem condições melhores de fazer melhor ainda.
Com essa atitudes tenderemos a ativar o CCA ( Córtex Cingulado Anterior) que está associado a auto regulação , direcionando intencionalmente a atenção e o comportamento para evitar reações automáticas e indevidas, como esclarece e detalhe a pesquisa “The Anterior Cingulate Gyrus and the mechanism of self-regulation” .
Nosso convite é que passemos a agir, consultando e experimentando o manancial de conhecimento de que já somos detentores. Reagir requer instinto, agir requer equilíbrio, o primeiro é germe de conflito o segundo é habilidade de pacificação. Seja senhor de suas ações para não se tornar escravo de suas precipitações
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"E QUE BOM QUE A GENTE SE ENCONTROU…."
SAMANTHA PARDO