De fato, será que é um erro?

De fato, será que é um erro?

Certamente você em algum momento da vida, do dia, enfim, da sua existência, já olhou para si mesmo e repetiu algumas dessas frases: “Desculpe, eu errei!”, “Eu só erro...”, “Eu errei em fazer isso...” entre tantas outras que podem pairar em seus pensamentos enquanto lê este artigo.

Enfim, o que é o erro? Buscando o seu significado, encontramos no dicionário comum que é o “ato ou efeito de errar” e “juízo ou julgamento em desacordo com a realidade observada, engano.”

Há ainda a etimologia que nos trás sobre o aspecto de cometer uma falta, enganar-se, hesitar, duvidar, entre tantas outras...

Contudo, a inquietude que trago aqui para você é: “Você de fato sabe identificar o momento em que está errando?”

Diariamente e por diversos momentos, ouço pessoas se desculpando uns aos outros por seus erros, deslizes e desencontros, contudo, de forma automática, sem ao menos pensar, refletir e compreender se era mesmo um real motivo para isso e principalmente, para reconhecer se de fato errou.

Se levarmos em consideração o senso comum de uma sociedade em que se busca a aceitação contínua, pedir desculpas pelos seus erros é um ato obrigatório neste quesito e, se analisarmos pelo lado humano também projetado por esta mesma sociedade, é uma forma de mostrar-se humilde, um ser humano pacífico, seja qual for a motivação, está tudo bem também!

O que quero lhe trazer com este artigo é uma das inúmeras possibilidades que tens de levar uma vida mais tranquila, evitando o peso da culpa, do “erro” e, para isso, eu quero te proporcionar por alguns minutos essa sensação de liberdade com esta frase:

“Só erramos quando de fato sabemos o que é o correto” ...

Faz sentido para você essa reflexão? Se sim, continue...

A nossa sociedade se acostumou a viver de forma automática, sem ao menos usar a capacidade que temos como seres humanos para compreendermos, entendermos e evoluirmos nesta nossa jornada.

Generalizando, estamos habituados a nos desculpar por toda e qualquer situação que por ventura seja contraposta ao outro, ao que podem pensar, projetar e falar ao nosso respeito e isso não é uma verdade absoluta!

Perceba nessa frase: “Desculpe o incômodo em te ligar, mas sabe, é que...”, pronto, já projetamos que estamos incomodando, errando em ligar, falar, dialogar sendo que isso pode não ser uma verdade para quem está recebendo o seu contato.

Estudos da PNL nos diz que, nossa mente generaliza, distorce e elimina, desta forma, que tal utilizarmos esses conceitos ao nosso favor de forma positiva?

Generalizar neste contexto é o que nos permite comparar e agrupar informações, é a amplitude do que somos capazes de armazenar em nossa história de vida;

Distorcer é a forma que encontramos de nos adaptar a informações que nos façam se sentir melhor, aceitas por nós mesmos e pela nossa jornada;

Eliminar é o que nos permite ignorar ou desconhecer informações, ou seja, é ignorar muitos detalhes e manter o foco apenas naquilo que nos importa.

Agora que já pudemos ler mais a respeito destes conceitos, quero desafiar você a melhorar a sua comunicação com relação ao erro, isso mesmo, dar um novo significado para esta palavra que pode em algum momento ter tirado o sono, seja no campo profissional ou pessoal.

Então, segue algumas dicas para facilitar:

  • Observe as situações que mais lhe causa inquietude com o erro e “generalize”, ou seja, se permita acessar suas histórias e “bagagens” que podem contribuir para discernir o fato;
  • Perceba como essas informações podem ser usadas de forma positiva, ou seja, faça a distorção delas para algo que possa ser favorável e diminuir a sua “culpa”;
  • Após a realização das duas etapas acima, aproveite para eliminar aqueles pensamentos e comportamentos que possam lhe colocar para baixo, mantenha o foco nos pontos positivos encontrados e siga adiante;
  • Caso identifique que realmente foi um erro (ou seja, quando você sabe o que era correto), aceite como parte do processo evolutivo;
  • Pare por alguns momentos, respire, busque compreensão e evite ao máximo agir com a emoção;
  • Compreenda a situação em sua totalidade, isso vai contribuir muito para o discernimento sobre a existência do erro ou se realmente é apenas parte de um aprendizado inicial;
  • Não tenha medo de reconhecer o erro e principalmente o aprendizado;
  • Substitua a palavra “desculpe” por “agradeço”;
  • Agradeço por sua atenção ao me atender;
  • Agradeço pela sua compreensão com a minha resposta;
  • Agradeço por seu entendimento com aquela situação;
  • Busque sempre compreender que é uma grande e excelente oportunidade para recomeçar, desta vez com mais clarificação e experiência;

Lembre-se sempre de que, “O erro só existe quando de fato sabemos fazer o certo”, caso contrário, é apenas uma etapa do seu desenvolvimento através de aprendizados sobre novas óticas e perspectivas.

Por fim, permita-se viver de forma mais leve, sem que seja necessário carregar o peso da culpa por “erros” que na maioria das vezes são apenas o ponta pé inicial do autoconhecimento para seguir rumo continuamente ao alcance dos seus objetivos e principalmente, da sua evolução moral e espiritual.

"Não há mais nenhum débito a ser quitado, uma vez que o maior deles já foi pago há mais de 2.000 anos, o que nos resta agora é viver, e viver de forma abundante!"

Flávio Henrique B.

Operador | Técnico de Manutenção | Usinagem | Torneiro mecânico CNC |

2 a

Agradeço Lucas Pigozzi por este artigo, trouxe clareza no assunto abordado e fez me lembrar de quem sempre e só me testifica. Vou colocar em prática, eu posso colocar e remover minhas crenças, da trabalho, todavia é certo de Ser melhor! Então, eu agradeço! Obrigado!

Felipe Doreto

Profissional de marketing | Relações Públicas | Especialista em Produtos

2 a

Como sempre uma leitura agradável e construtiva. Obrigado por compartilhar essas palavras com a gente.

Leandro Henrique Montalvão Viana

Tecnólogo em Gestão Comercia l Programador Cam Sênior | Green belt | Lean Six Sigma | Técnico em Mecânica | Técnico em Radiológia | Esp.Radiológia Indústrial |

2 a

Excelente artigo.

Daniel Felipe de Oliveira

Head para Supply Chain e Logística em Lean Institute Brasil.

2 a

Muito legal o artigo! Sobre os erros verdadeiros é comum ouvirmos a frase de que "é errando que se aprende". Porém, é corrigindo que de fato se aprende. No nível pessoal, a tomada de consciência ou o arrependimento é o primeiro passo. E na jornada, a ajuda de quem esta mais próximo através de um bom feedback construtivo é um presente para o desenvolvimento!

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