O alisamento
Na manhã de ontem, em minha saída precedida de uma consulta ao telejornalismo paulista, a repórter do tempo disse: leva um guarda-chuva pra não molhar o cabelo! Ai eu passei a mão onde eles deveriam está e disse: Que cabelo!?
Quando se quer arretar um careca, lembram-no do cabelo que já teve ou deveria ter, e, quando se quer o arretar mais ainda, alguns chegam ostentando “black power” ou algumas tranças afro que remetem a “Sansão”, que como seus contemporâneos africanos, usava as sete tranças, naturalmente compostas quando não se opta pelo “black power” ou “alisamento”, estilos que podem ser a representação de uma farsa, mas podem revelar a autenticidade de uma força, gravada no DNA que, apoderada, pode ser decifrada, manipulada e modificada para fraqueza.
A força resiliente, brasileira, é reconhecida internacionalmente, assim como sua capacidade de se deixar seduzir pelos que se autointitulam mais inteligentes, mais santos, mais bonitos e até mais cabeludos em suas verdadeiras mentiras.
Tais pessoas, se associam na direção de determinadas “entidades sui generis”, partidos políticos, religiões, e outras organizações que seduzem para roubar até algo secreto e intransferível, como os votos de seus fiéis correligionários, vendidos, pelo sedutor ao dono do político, em troca de isenções e imunidades tributárias, acrescidas da permissão de continuidade da ação delitiva, oculta em palavras que desarmam a guarda, como deus, amor, família, entre outros direitos humanos que vêm sendo afetados pela política de criar dificuldades para vender facilidades não tributáveis.
Tal política, se agravou quando espionaram aquela mulher que presidia o país e teve seu segredo, de pré-sal, descoberto pelos olhos sedutores dos que, em seguida, golpearam a democracia que patina na lama da corrupção, tornando o país tão fraco e sem rumo que se deixou ser amarrado nas principais “pilastras do templo”, cuja força que ressurge das urnas, aparenta só ser suficiente para derrubar a frágil democracia, com as custas de uma reconstrução sobre os velhos alicerces da ditadura.
Assim como as sete tranças não passavam de uma representação de foro íntimo, inclusive quando cortadas ou alisadas, as atuais forças políticas que se destacam, não passam de uma exteriorização de uma vontade suicida, de um povo seduzido por uma falsa educação religiosa, que desencadeou o processo de todos os subsequentes atos do golpe, hoje na fase de eleição do mais qualificado pra descer o pau, única política pública possível de se efetivar num país onde quem rouba, só precisa se preocupar em roubar um pouco mais, para pagar advogados que falam com o juiz que castiga severamente, com uma prisão domiciliar em mansões que parecem cidades, compradas com o produto do crime que, segundo a lei, deve ser confiscado, e o domicílio do autor transferido para endereços como Papuda, Bangu e assemelhados.
O problema da queda de cabelo, brasileira, está no fato de não ser produto de um estilo, mas de uma metástase que se complica a medida que nossas universidades não formam oncologistas, nem permitem que pesquisadores brasileiros desenvolvam a cura do câncer a menos de um Real, para não prejudicar os bilionários negócios dos laboratórios do dólar vinculados ao orçamento público desviado para eleger o político
Agora me diga se não é de arretar quando alguém te orienta a comprar um guarda-chuva pra não molhar os cabelos, que não crescem nem que a vaca tussa!?
Miguel Flávio Medeiros do Carmo
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