O futuro exponencial: tecnologias disruptivas e o papel do profissional de RelGov, uma visão para 2025
O mundo está mudando em uma velocidade sem precedentes. O ano de 2025 será um marco na história das transformações tecnológicas e sociais. Com o avanço das chamadas organizações exponenciais, empresas que utilizam tecnologias disruptivas para crescer de forma exponencial, surgem novos paradigmas que impactam desde a economia até os direitos individuais. O livro Exponential Organizations: Why New Organizations Are Ten Times Better, Faster, and Cheaper Than Yours (and What to Do About It), de Salim Ismail, ilumina esse caminho e nos desafia a refletir: estamos prontos para o futuro?
Empresas como Amazon, Tesla e SpaceX são referências nesse movimento, mas essa transformação não está restrita a setores tradicionais. Na medicina, direito e gestão de dados, vemos o surgimento de novos modelos que não apenas desafiam o status quo, mas exigem uma mudança cultural profunda.
Na medicina, empresas como Tempus e Butterfly Network estão revolucionando diagnósticos e tratamentos. A Tempus utiliza big data e inteligência artificial para oferecer tratamentos personalizados, enquanto a Butterfly Network democratiza o acesso a diagnósticos por imagem com dispositivos portáteis conectados a smartphones. Essas inovações não apenas salvam vidas, mas também desafiam sistemas de saúde tradicionais a se adaptarem rapidamente a um novo modelo de eficiência e acessibilidade.
No setor jurídico, startups como DoNotPay e Ross Intelligence mostram como a automação e a inteligência artificial podem democratizar o acesso à justiça. O DoNotPay, conhecido como “advogado robô”, ajuda cidadãos a resolver disputas jurídicas simples de forma acessível e rápida. Já o Ross Intelligence permite que advogados economizem horas de pesquisa, reduzindo custos e aumentando a eficiência. Essa revolução exige que os profissionais do direito não apenas conheçam a tecnologia, mas também repensem seu papel em um mundo mais automatizado.
Na gestão de dados, gigantes como Palantir e Salesforce estão redefinindo o processo de tomada de decisão. Palantir utiliza dados complexos para prever cenários e propor soluções em tempo real, enquanto Salesforce, com o apoio do Tableau, ajuda empresas a entender padrões de consumo e comportamento humano. Esses modelos destacam como decisões baseadas em dados são o novo normal, e aqueles que não se adaptarem ficarão para trás.
Diante desse cenário, surgem desafios éticos, sociais e regulatórios significativos. Como proteger a privacidade em um mundo cada vez mais monitorado? Como garantir que as inovações sejam inclusivas e não aumentem as desigualdades? Como regular tecnologias que avançam mais rápido do que as instituições conseguem acompanhar? Essas questões estão no centro do debate público e requerem a atenção de governos, empresas e profissionais de todas as áreas.
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O que está em jogo não é apenas a adaptação a novas tecnologias, mas a sobrevivência de modelos de negócios e profissões que não acompanham essas mudanças. Empresas tradicionais do século XX, com estruturas hierárquicas rígidas e aversão ao risco, terão dificuldade em competir com organizações exponenciais, que são mais ágeis, inovadoras e focadas em propósito. No setor público, novas regulamentações e políticas serão indispensáveis para equilibrar inovação e justiça social. Profissionais de relações governamentais, em particular, terão um papel crucial nesse processo, ajudando tanto as organizações tradicionais quanto as emergentes a navegar em um cenário regulatório em constante evolução.
Como as organizações, os governos e os profissionais podem se preparar para esse futuro? A resposta passa por três pilares:
Você está preparado? A percepção de tendências e mudanças nunca foi tão importante para a sustentabilidade de negócios, profissões e para a mitigação de riscos futuros. Será que as empresas do século XX sobreviverão ao modelo que está sendo instalado? Como os profissionais de relações governamentais poderão ajudar organizações tradicionais e as novas a se adaptarem às novas regulamentações e políticas públicas que, inevitavelmente, surgirão desse cenário?
O futuro é agora, e a escolha de como reagir a ele definirá não apenas carreiras, mas também o papel do Brasil no novo cenário global. Adaptar-se a essas mudanças não é uma opção; é uma necessidade. O que você está fazendo hoje para estar preparado para amanhã?