O mercado de trabalho mudou. Seja humano e saiba quem você é!
Há 17 anos, eu jamais imaginaria o modelo de entrevista de emprego que temos hoje. Agora, aos 40 anos e atuando há quatro como Microempreendedora Individual, acumulo muitos desafios em minha trajetória. A jornada de empreender ou colaborar com um projeto, seja ele meu ou de outro, é infinita. Não importa quantas voltas a vida dê, sempre há algo novo a aprender e aprimorar. Recentemente, participei de alguns processos seletivos que me proporcionaram a oportunidade de exercitar habilidades que venho desenvolvendo ao longo dos anos. Entre elas, destaco duas que considero essenciais: a inteligência emocional e a capacidade de me comunicar de forma mais clara e objetiva. Essas competências não surgiram de forma espontânea; têm sido lapidadas com dedicação, principalmente após refletir sobre os feedbacks recebidos ao longo da minha caminhada.
Percebi que investir em cursos, formações e experiências só faz sentido quando também investimos no nosso desenvolvimento pessoal. Há dois anos, a vida me deu um "reset" ao enfrentar a perda do meu pai. Essa experiência profunda me levou a questionar tudo: em que tipo de ambiente quero estar? Que tipo de profissional quero me tornar? Para entender se esse sentimento era apenas uma suposição ou algo real, pesquisei sobre as tendências atuais do mercado de trabalho.
Segundo dados da Catho , as competências comportamentais mais valorizadas pelas empresas incluem proatividade, resolução de problemas, trabalho em equipe, relacionamento interpessoal, resiliência, flexibilidade, criatividade, ética, empatia e liderança.
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Além disso, de acordo com um estudo realizado pela Evermonte Executive Search , as soft skills mais importantes para o mercado executivo em 2024 foram orientação a resultados, inteligência emocional, comunicação e escuta ativa, agilidade e resiliência. Esses dados deixam claro que, em tempos de transformação digital e rápida evolução tecnológica, as empresas têm buscado profissionais que combinam habilidades técnicas com competências humanas.
O mercado de trabalho mudou. Em tempos de Inteligência Artificial e telas por todos os lados, o que faz a diferença não é apenas o técnico, mas o humano. Isso porque as melhores empresas buscam pessoas empáticas, autênticas e capazes de colaborar genuinamente. Ou seja, os processos seletivos estão mais humanos. Não são apenas testes de habilidade técnica; são convites para mostrar quem somos, o que acreditamos e como podemos agregar valor.
Essa reflexão tem me ajudado a entender o que realmente importa e a construir um caminho profissional mais alinhado aos meus valores. Talvez, para você que também esteja passando por um momento de transição, a dica seja essa: seja humano, trabalhe em você e lembre-se de que não existe nada mais profissional do que saber quem você é.