O mundo muda, sempre

O mundo muda, sempre

Li um texto de Silvio Meira e parei no tempo... no meu espaço de tempo... refletindo... e vamos lá:

[...] O mundo muda, sempre. Mas sempre parece haver mais quem perde a mudança do que quem aproveita a janela de oportunidade. Quando carruagens estavam sendo substituídas por motocicletas e automóveis na transição entre os séculos XIX e XX , as empresas que fabricavam carruagens, carroças e selas não conseguiram se transportar para o mercado de carros. Muitas, quase todas, não quiseram, não acreditavam que aquelas coisas barulhentas, sujas e inseguras iriam substituir os lentos, confortáveis e familiares landaus dos anos 1750.

E continua:

Mas o mundo não ficou como era só porque elas queriam. O futuro vem do futuro. E ele tem um endereço e uma ação. O endereço do futuro é o presente. O que ele vai fazer é destruir o presente. O presente que estamos vivendo é resultado da destruição criativa de presentes que estavam aqui. Do contrário, até hoje estaríamos colhendo e caçando, nus, em alguma floresta em algum lugar.


**/ fim do texto, começo da reflexão...

Esquentando os motores:

a. "o mundo muda, sempre" => ou seja, este é o padrão, entenda e evolua

b. "sempre parece haver mais quem perde a mudança do que quem aproveita a janela de oportunidade" => ou muda, ou será mudado

c. "o presente que estamos vivendo é resultado da destruição criativa de presentes que estavam aqui" => é perceptível, você vê...

E gostaria de deixar o registro neste último item que realmente é o que mais me chamou a atenção.

A utilização do verbo destruir em primeiro momento pode até parecer sonoramente alarmante, mas o problema é que deveria ser mesmo.

Gosto de uma entrevista em que ele menciona fatos sobre a construção das carruagens onde a disrupção levou 10 anos e nos primeiros anos o carros eram 1% contra 99% de carruagem, depois foi de 1% pra 2% mas ninguém quis deixar de fazer carruagens por causa de 2% enquanto a produção de carros dobrava ano após ano até que ficou tarde demais e o resultado foi: quase ninguém que fazia carruagens ou estava na cadeia de valor de carruagens foi absorvido pelo mercado de carros.


// se achou que eu ia falar de IA, se enganou

Eu nem estava pensando em inteligência artificial na verdade...


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