O papel da imprensa na crise mundial do Corona vírus

Enquanto a mídia em geral, no Brasil e no mundo, estimula a disputa política sobre o combate ao COVID 19, parcela significativa de países já estuda formas de conviver com essa nova realidade global.

Em que pese esse confronto político, os números mostram que o Brasil está no caminho certo nessa guerra para salvar vidas. Lógico que enterrar mais de duas mil pessoas é muito triste, porém, em termos proporcionais ao tamanho da nossa população, não se pode negar que o Brasil começou esse trabalho com resultados menos assustadores.

Mérito de quem? Todos têm méritos e deméritos: políticos, ministros, nosso Presidente e logicamente a imprensa. No fim, sobra para todo mundo, mas insisto: o resultado até o presente momento é positivo. E mais positivo ainda é saber que temos um discurso político que começa a fazer mais sentido para as pessoas: a economia não é inimiga da saúde, elas se complementam.

Portanto, apesar das artimanhas políticas, o importante é debater o que muitos países já estão fazendo: como nos organizaremos socialmente para o futuro próximo? Vamos dividir as próximas ações em fases, como propõe o presidente Trump para os EUA? Vamos seguir algum critério específico da Organização Mundial da Saúde? Cada governo local faz o que lhe vier à cabeça?

Na medida em que autoridades públicas estão tendo a oportunidade de aprimorar suas estruturas de saúde para o que está por vir (ou não, quem pode garantir?), precisamos mais uma vez de uma imprensa que seja capaz de discutir como retornar à vida “normal”, da forma mais segura possível.

O certo é que não existe “certo” para o ineditismo do que estamos vivendo: tudo é novo e exige a capacidade de agir e se corrigir com rapidez. A imprensa, mais do que ninguém, precisa estar ativa nesse processo.

Portanto, diante de tantas críticas à imprensa, continuo vendo o papel dos jornalistas como fundamental para esse momento único de comoção social: noticiar o debate sobre as soluções propostas para aprendermos a viver no século XXI, que na prática acaba de começar.

Patricia Moreira

Especialista em Relações Governamentais

4 a

Sensato !

Ednéia Paula

Psicóloga/ Neuropsicóloga

4 a

Excelente raciocínio, claro e objetivo. Focado na nossa verdadeira inimiga, a Covid-19. 👏👏👏

José Gabriel Andrade

Professor Associado Universidade do Minho

4 a

Boa Henry. Mas creio que todos os méritos devem ir para os mais esquecidos (novamente) pelos media. Os cientistas e pesquisadores e os professores.

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