O que é tecnologia profunda?

O que é tecnologia profunda?

POR QUE DEEP TECH IMPORTAM?



“Vivemos num mundo crescentemente dominado por tecnologia. Seja em finanças, vendas, design, logística ou outros tantos campos e indústrias, tecnologia está comendo o mundo” (R:12). Há mais de cem anos, as fábricas eram avançadíssimas, turbinadas por linha de montagem, e o mundo era dominado por quem a usava. Depois veio eletricidade. Depois, as estruturas empresariais como a firma. Depois, otimização da cadeia de suprimento. Depois, o mundo pertenceu a quem espertamente alavancou a instrumentação financeira. Computadores está aí há décadas, uma ferramenta no background com os martelos a serem trazidos à frente quando precisamos pregar um prego. Mas, na parte inicial do século 20, algo mudou. Tecnologia emergente parou de criar vantagem competitiva. Vivemos agora numa era plenamente digital, e a maior divisão é as empresas que respondem a esta mudança e as que ficaram para trás. Ou, como o experto corporativo Fisher diz em Reuters, “todas as empresas são empresas de tecnologia agora”. O antes foi elevado. Agora o futuro pertence a quem não só adota tecnologias emergentes, mas investe e instiga sua adoção, forçando todo mundo a correr atrás – se puderem. O primeiro estágio da tecnologia é chamado deep tech, e na década entre 2020 e 2030, sete tecnologias são fadadas a conduzir perto de 40 a 200 trilhões de dólares em novo impacto econômico. Não basta sobreviver. Agora o jogo é florescer ou morrer (R:13). 



II. IGNORANDO OPORTUNIDADES



Sempre há quem não creia que tecnologia vai mudar o futuro, e em geral só sofrem com isso. A história recente é cheia de corporações que se recusam a fazer a transformação alavancando tecnologia apropriadamente, desde a perda do domínio de um século de Sears até ao lançamento da Amazon, até a quebra de Hertz devida aos bilhões em cortes causados pela carona partilhada. R reconhece que, em sua experiência, parecia moda em círculos não tecnológicos desancar a tecnologia. Havia o lado realista também: muita promessa tecnológica falida ou irresponsável. O maior risco agora é apatia, receita de irrelevância. Se quisermos começar uma startup, ou se somos Executivos ou Líder assumido, não se podemos nos permitir flertar com linhas de grupos luditas, só para nos tornarmos irrelevantes. Lembra que, envolvido em muitos grupos operacionais e governamentais na epidemia da Covid, ficou surpreso com a marcha constante contra tecnologias de rastreamento de contato em favor de processos apenas manuais. Muitos dos argumentos contra a adoção, por exemplo, de aplicativos móveis para ajudar a memória de contato ou motivações de exposição eram besteirol de advogado do diabo com base em experiências deficientes de tecnologia das décadas anteriores. Um argumento dizia que tecnologia não pode incorporar informação além da proximidade física e só humanos podem prover outros contextos e flexibilidade exigidos em casos reais de uso. Perguntava então se sabiam que IA estava fazendo julgamentos em escala por perto de uma década e que humanos não eram imunes a mau julgamento também. Foi liberado de voltar ao grupo. O projeto foi para a gaveta por meses e muitos perderam com isso. Só com insistência teimosa de cientistas e tecnólogos a adoção de aplicativos passou a salvar vidas. 

Tecnologia está invadindo todos os setores de negócios, fazendo-se ubíqua. Não há chance para empresas que fogem da tecnologia, porque estão fugindo das oportunidades. Exemplo simples: em meados de 2020, as cinco empresas com maior valor de mercado viviam de tecnologia, como no GAFAM (Google/Alphabet, Apple, Facebook, Amazon, Microsoft) respondiam por $6.4 trilhões e perto de 50% do Composto de NASDAQ (R:14). De fato, entrando em outros ramos de negócio, essas empresas se tornam menos marcadas por tecnologia (advertising no Google, logística na Amazon etc.), mas tecnologia é a alma do negócio. 



III. OS GÊMEOS WINKLEVOSS



Oferece exemplo dos benefícios de entender deep tech: gêmeos Winklevoss. Os dois irmãos, Cameron e Tyler, os realces populares no mito de criação do Facebook. Eram atletas ricos com uma ideia sem inspiração para a rede social e decidiram processar o menino genial Zuckerberg por um pedado de sua criação única. A despeito de como a mídia os retratou em livros e filmes no início dos 2010, a estória real desses Harvard Gemini Olympians é de redenção via olho agudo sobre deep tech. Em 2013, viram a revolução do Bitcoin chegando. Têm graduação em economia, mas não são famosos por serem homens fundamente técnicos. Ao invés, seu negócio é estar no lugar certo no tempo certo. Compraram cedo em Bitcoin, começando quando a taxa valia $10 por BTC. Em seguida, compraram mais e mais, finalmente amealhando até 1% das ações do total para Bitcoin. Fundaram negócios paralelos, tentar uma ETF (instrumento dominante que iria atrair investidores institucionais), e criaram seu próprio comércio de Bitcoin. Para apoiar a tecnologia e comunidade, trabalharam como embaixadores para o poder da moeda digital descentralizada. Então, o investimento cresceu. Uma vez Bitcoin bateu em #10 mil por BTC em 2017, e se tornaram os primeiros bilionários do Bitcoin no mundo... 

Se estiver interessado em novas linhas de negócios e fluxos de ingresso, efetividade processual ou outras estratégias de baixar custos, deep tech é a rota mais indicada para investigar. Entender deep tech é não só impulsionador de carreira, mas oportunidade importante para elevar o capital. Recursos para financiamento de deep tech estão explodindo, e canais se multiplicam. Capital de risco e financiamento corporativo são fontes disponíveis prontos para saltar para a próxima coisa grande. Acrescente financiamento alternativo como via multidão (crowdfunding), ofertas iniciais de moeda e o foco recente de alta tecnologia de fundos soberanos de riqueza como os $100 bilhões de Vision Fund, o capital para a próxima década facilmente chega aos trilhões. 



IV. NOTA RÁPIDA SOBRE IMPACTO ECONÔMICO



Para R, impacto econômico é algo bem complexo, com afetos primários, secundários e terciários. Vender termostatos de IoT inteligentes é gerador de ingresso para supridores com o Honeywell (primário), enquanto usar os trecos pode poupar o dinheiro dos clientes em custos de HVAC (secundário) e finalmente, a redução agregada de uso de energia globalmente pode reduzir emissões de carbono desde plantas energéticas de carvão (terciário). Define impacto econômico coo sendo uma adição a PIB em todos os países. Por todos os indicadores sendo usado, o investimento em deep tech é, de longe, o mais garantido, embora também sujeito a incertezas próprias do todo mercado. A questão tecnológica não é mais opcional ou algo parecido, mas de vida e morte para o futuro, já que o mundo dos negócios se orienta por ela firmemente. A prosperidade empresarial vai depender, cada dia mais, da tecnologia sendo usado e constantemente renovada, na rota da IA. 



V. O QUE ESPERAR



O livro vai explorar as 7 tecnologias profundas antes definidas. São tecnologias de propósito geral (GPT), as tecnologias raras que vão além de melhorias incrementais num campo ou mais de um campo. Apenas algumas emergiram na história, como a imprensa, motores à combustão, computadores e a internet. Emergem devagar, embora sua presença tome conta do cenário. Esta década parece ser extraordinária – o número de GPT é incrível. Virão pelo menos 7: i) IA – com machine learning, deep neural nets, deep learning e variedades incluindo aprendizagem supervisionada, não supervisionada e de reforço; ii) Realidade Estendida – realidade virtual, aumentada, misturada, e coisas pelo meio; iii) Blockchain – criptomoedas certamente, mas também contratos inteligentes, DLTs, ICOs, DAOs e usos uma terceira parte confiada; iv) Internet das Coisas – coisas inteligentes, casas, cidades, usáveis e similares; v) Veículos autônomos – caros que anda sozinhos e outros robôs ao estivo de AV; vi) Impressão em 3D – na maior parte na manufatura aditiva, mas um pouco de controle numérico de computador de manufatura subtrativa também; vii) Computação quântica – máquinas que vão lidar com segredos do universo que são impossíveis aos atuais computadores resolver. 



CONCLUSÃO



Como disse acima, o texto é uma aclamação das novas tecnologias, as ditas “deep tech”, sem maiores cuidados epistemológicos, já que o foco é empresarial. Vale como informação vinda dessa área, para termos uma ideia de onde vamos, se deixarmos tudo nas mãos de quem lucra com a deep tech. Há um determinismo violento de fundo: essas tecnologias de propósito geral são imparáveis; inventamo-las, mas elas nos reinventam tanto mais. Não há reação ajuizada possível, a não ser entrar de cabeça, assim como entramos de cabeça na tecnologia da escrita, da imprensa, da eletricidade, da internet. O título é insidioso (esperto): R não vai desmistificar crendices tecnológicas, mas crendices de quem se opõe a elas. De fato, há quem reage mal, escondendo a cabeça na areia – as tecnologias passam por cima; há quem reage de modo basbaque, como joguete das tecnologias. Ainda é útil pensar em algo pelo meio. Acompanhando o texto de R, vamos experimentar um analista que trabalha a previsão tecnológica de impacto inevitável e profundo. 

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