O que podemos aprender com o Uber e sua luta por novos mercados?

O Uber é uma empresa de tecnologia Californiana que tem chamado muito a atenção por conta de um princípio básico: o valor que ele entrega ao consumidor final – tanto monetariamente quanto na experiência da corrida.

O Uber virou febre e motivo de disputas em todo lugar que passa. A última delas em Bruxelas, que proibiu o serviço UberPOP e deu um prazo de 21 dias para que a operação seja encerrada. Vimos coisas parecidas acontecendo na França, Nova Iorque e aqui no Brasil.

É o embate da inovação x o pensamento retrógrado. Pensamento este que ainda vemos quando olhamos para os serviços de Cloud. Os modelos de negócios estão em plena transformação e não há como esperar para ver o que vai acontecer. As decisões já estão sendo tomadas e os caminhos definidos.

Adaptabilidade

Assim como a inovação em Cloud, o Uber encontra diversas barreiras ao adentrar mercados novos. Tanto barreiras governamentais por meio de leis, quanto territorial por conta dos serviços de taxi já existentes em cada país. Com isso, a empresa se adaptou e aumentou seu portifólio de serviços, oferecendo produtos mais baratos como o UberX, até outros bem mais caros e exclusivos como  o UberLUX.

Com essa transformação em seu portifólio de serviços, eles demonstraram capacidade de se adaptar a cada mercado e conquistar mais espaço, aumentando seu share e aceitação.

Cultura de Inovação

O serviço trazido pelo Uber é sem dúvida alguma considerado uma disrupção para o seu mercado de serviços de transporte e isso não parou por aí. A empresa apoia constantemente seus parceiros, os motoristas e também informa os consumidores finais desse serviço constantemente sobre as disputas nas quais ele se encontra e oferece contrapartidas como corridas gratuitas agregando ainda mais valor à sua oferta.

E a inovação não fica só no serviço, mas também chega como vantagem para o motorista que, dependendo da demanda que está sendo gerada pelo pelos consumidores finais naquele momento, pode receber mais pela corrida e, é claro, o cliente pode aceitar a taxa mais cara ou pedir para ser avisado quando a taxa baixar, de forma que todos ganham.

A oportunidade no custo da mudança

Frente a esse cenário, o taxista se encontra em uma sinuca. O serviço ofertado pelos motoristas de Uber são considerados pelos usuários mais interessantes que o de um taxi comum, mas há quem enxergue oportunidade em meio ao caos da mudança.

Em uma dessas corridas, estava conversando com um motorista de taxi e falávamos sobre o Uber. E eis que me vem a surpresa. Ele não estava nem um pouco incomodado com o Uber e sim exergando a oportunidade desse novo serviço. Aquele motorista, que posso considerar um empreendedor, começou a trabalhar de forma diferente. Durante o dia, usava o taxi que, segundo ele, tem mais vantagens por poder utilizar o corredor de ônibus e escapar do trânsito enquanto na parte da noite, oferecia o serviço do UberBLACK para quem quer o status de ter um motorista para ir a festas, bares e etc.

O avanço de Cloud

Esse caso tem tudo a ver com o momento tecnológico que passamos. Principalmente quando falamos de iniciativas em Cloud onde o ciclo de venda é mais curto e os produtos e serviços estão cada vez mais baratos. Para alguns produtos, podemos falar em números como, por exemplo, custos de R$ 10,00 por usuário – e isso cabe no bolso do cliente – além da facilidade de uma implementação mais rápida e menos onerosa. O que é bem diferente do ciclo antigo onde havia produtos que faziam clientes caírem da cadeira ao ver o valor final de licença, implementação, suporte, etc.

Os C-Levels precisam enxergar oportunidades diversas em meio ao caos do dia a dia. Toda mudança drástica traz consigo oportunidades e sim, cabe a nós identificá-las e correr para abraçá-las antes que alguém o faça. O custo da descoberta de uma oportunidade em meio a um cenário de mudanças vai depender da velocidade e assertividade que teremos ao analisar o mercado e suas ondas de inovação.