Pandemia: Normalizem não estar tudo bem sempre!
Muito comum ao cumprimentar alguém depois do ''Bom dia'' a gente perguntar ''Tudo bem?" e automaticamente a pessoa, ou você, se for questionado, responder ''tudo bem e você?''. Acontece que depois de um ano de pandemia, isolamento social, home office, atividades de casa, cuidar da família e amigos, você não está bem. Mesmo com seu emprego garantido, ter um lar pra chamar de seu, conseguir bancar suas contas e ter seus privilégios, você não está bem. E não estar bem precisa ser dito e compreendido pelo outro.
A fadiga emocional e a estafa física estão mais presentes nas nossas vidas e nos vemos limitados a cuidar disso por estarmos vivendo um isolamento rigoroso em quase todo o Brasil. Falta ânimo, força, vontade, esperança e coragem! Naturalmente algumas coisas vão desandar nesses cuidados, precisamos estar atentos aos sinais que o corpo e a mente dão e nos cuidar sem nos pressionar. O dia não tá bom, a noite não foi legal, o sono está prejudicado, a terapia não está em dia e estamos esgotados. Fim! Mesmo diante desse contexto, às vezes nos sentimos reprimidos em falar que não está tudo bem, principalmente no ambiente de trabalho ainda que, no momento, seja virtual.
Outra questão que nos faz automaticamente responder que está tudo bem é exagerar no famoso ''manter o pensamento positivo'' sobre as coisas e situações. Querendo ou não fomos doutrinados a pensar que é importante manter o pensamento positivo e proferir palavras positivas para atrairmos essa positividade do Universo. Concordo, mas não podemos esquecer que tudo demais é veneno e que a positividade em excesso também pode ser tóxica.
Por isso, a minha dica é que, além de se permitir sentir que não está bem por alguma questão, esse sentimento também seja externalizado para o outro quando necessário. O outro pode ser qualquer pessoa a qual você sinta que precisa falar sobre o tema antes de ser demandado e não consiga lidar por não estar bem.
Se cuidem e se protejam!