A panela de pressão para líderes empáticos
Panela de pressão, como analogia para a realidade de lideranças emá

A panela de pressão para líderes empáticos

O texto abaixo pode ter mais a ver com o que enxergo ao meu redor do que com a minha própria vivência. Leia, reflita e evite achar culpados. Boa leitura.

"Parem de romantizar a realidade das lideranças verdadeiramente empáticas!"

Uou. Essa frase saiu como um alívio.

Cada vez mais, vejo um movimento sobre falar que líderes empáticos, humanizados e que se preocupam com a qualidade de vida dos seus times é o que vem crescendo no mercado. E, para mim, é o que precisamos que cresça mesmo, mas a que custo?

Que tal virarmos a ótica para esses e essas líderes, em vez de olharmos somente para a empresa e para o time? Venham comigo:

Pessoal, a vida de uma pessoa empatica não é mole, não! Ela é visceral, é profunda e notoriamente muito complexa. Em um mercado, onde Gerência e Coordenação recebem todos os tipos de estímulos, pressões, dicas do que devem desenvolver, mas que na maioria das vezes isso não se encaixa com os níveis acima ou com a REAL cultura da empresa, é caos mental e emocional.

Sou parte do movimento que aplica esse tipo de liderança, e que busca evoluir como pessoa para influenciar o mais positivamente possível a vida de quem interajo, mas a realidade é que são raros os nossos líderes que acompanham esse movimento, que verdadeiramente se despem das suas vaidades de status e poder para liderar de forma humanizada, transparente e com foco no progresso.

Existe uma tonelada de pressão para o autodesenvolvimento de boas lideranças, em um sistema onde as altas gestões estão presas na velha atitude, em que impera o ego, o medo e a inconsistência. Talvez por falta de preparo, por se retroalimentar na mesma bolha sem diversidade de ideias, realidades e características, ou por medo de achar que pode perder status e poder ao assumir ignorância em assuntos que realmente não sabe, ainda...

Qualidade X Realidade de vida

E nisso, vemos líderes humanizados doentes, jogando para os outros a sua própria humanização para serem melhores, e deixando de lado a sua própria saúde, enquanto na hierarquia organizacional, são pressionados por chefes despreparados e inseguros com suas próprias vulnerabilidades.

É importante olhar para esse recheio, essa camada de pessoas essenciais para a saúde de uma empresa, mas que não recebe o que pregam muitos C-levels no LinkedIn.


Encerrando este artigo, eu declaro que sei que muitos não irão interagir por medo dos seus respectivos "chefes", está tudo bem. Quero apenas deixar aqui que vocês são vistos, e não estão sozinhos. Minha caixa de mensagens está aberta para quem quiser compartilhar seus causos.

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