Para pavimentar o caminho da inovação
Por Carlos Sanchez presidente do GRUPO NC
Propagada pelo governo como uma das prioridades para o curto prazo, a nova industrialização pode ter no fortalecimento do setor farmacêutico uma grande vantagem competitiva. Com grande potencial de inovação, a expansão da cadeia produtiva do Complexo Econômico-Industrial da Saúde pode refletir em benefícios em diferentes segmentos.
Na direção da agenda da produtividade, o compromisso de aumentar de 42% para 70% a proporção da participação nacional na produção de medicamentos, vacinas e equipamentos médicos previstos no Plano Nova Indústria Brasil trata-se de algo a se saudar. Dos R$ 300 bilhões em investimentos na indústria nos próximos anos, o plano contempla R$ 6 bilhões para a reconstrução de 15 instituições públicas de produção e inovação; R$ 2 bilhões para o Complexo Biotecnológico de Santa Cruz, com foco na autonomia em vacinas; e R$ 800 milhões para a conclusão da produção nacional de hemoderivados, de responsabilidade da estatal Hemobrás.
Ainda assim, os desafios são muitos. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 90% dos insumos farmacêuticos ativos utilizados no Brasil para a produção de medicamentos são importados. Somado a isso, apenas 50% dos equipamentos médicos são produzidos nacionalmente.
Nesse cenário, qualquer foco de instabilidade nas agências reguladoras é temerário, já que todo esse avanço depende da união de forças entre os setores público e privado. Com participação efetiva da sociedade, além de agentes do mercado e representantes do governo, tais estruturas devem ter pessoal e recursos suficientes para cumprirem seu papel de exercer a regulação com equilíbrio e vetar irregularidades.
A Anvisa, por exemplo, tem a missão de emitir autorização sanitária para que produtos oriundos de outros países entrem no Brasil. Também é responsável pelo monitoramento do estoque de medicamentos em todo o País, e o desenvolvimento do setor farmacêutico depende de seu bom funcionamento.
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Qualquer foco de instabilidade nas agências reguladoras é temerário, já que todo esse avanço depende da união de forças entre os setores público e privado.
Associada aos bons sinais, a promessa de equiparar o sistema tributário brasileiro aos regimes mais eficientes, pela reforma que tem sido debatida pelo Congresso Nacional, é outro passo importante para o crescimento da indústria e, consequentemente, para o setor farmacêutico. Além de melhorar o ambiente de negócios e estimular o crescimento das empresas, tais mecanismos garantem a ampliação do acesso da população aos serviços de saúde.
A chegada do Imposto sobre Valor Agregado, o IVA, com a cobrança baseada no destino, traz avanços como o fim da cumulatividade e a redução da burocracia para a compensação de créditos tributários. Mas ainda restam dúvidas, principalmente sobre o período de transição, a determinação de uma alíquota-padrão e o funcionamento do Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).
Para evitar qualquer retrocesso, seguiremos vigilantes sobre sugestões de mudanças nos textos durante a tramitação no Senado e, mais do que isso, dialogaremos profundamente sobre os impactos de tais mudanças nesta quarta-feira, 21, durante o próximo Fórum Saúde, uma parceria EMS e Esfera Brasil.
Esfera Brasil + EMS
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4 mBasta tirar o Estado da frente e colocar o privado para correr atrás sem vantagens, sem benesses, mercado. Agora enquanto o desbalanço continuar com uso dos medicamentos para politica populista sobre o balanço de auxilio e ganho de alguns espertos no link com Estado ficaremos no mesmo. O Brasil precisa abandonar a politica da Casa grande e senzala moderna e se tornar um país onde a liberdade econômica possa fluir, com empreendedores e na concorrência de mercado. Existem outros inúmeros ramos com um potencial de integração e derivativos da produção imenso, mas ficamos patinando por um sistema tributário para bancar no fundo um modelo de poder alimentado pelo populismo de senhores de terra, duques e condes politicos e servidores dos poderes públicos. Nada como um país comunista e socialista que se diz democrático e liberal na economia.
Conselheiro Consultivo | Consultor & Mentor Empresarial | Diretor Comercial no ramo Imobiliário | Liderança | Maratonista 42Km | Especialista em Vendas, Riscos, Contratos | Produtor de Conteúdos | +178mil Seguidores
4 mGrato pela partilha Esfera Brasil