Quais as tendências mais citadas por CEOs e Heads de RH sobre os desafios para 2023?
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Quais as tendências mais citadas por CEOs e Heads de RH sobre os desafios para 2023?

Como acompanhar as tendências em um mundo de mudanças constantes?

Como “re pensar” o futuro do trabalho e fazer o agora acontecer? 

Todos os anos, as grandes e conceituadas consultorias de estratégia lançam relatórios robustos sobre o que de mais importante está acontecendo no Brasil e no mundo sobre o tema de gestão de pessoas.

Esses relatórios são resultados de milhares de entrevistas com CEOs e Heads de RH sobre o que eles encaram como desafios para o período. 

A grande questão é como priorizar e absorver tanta informação. 

Foi pensando nisso, que reuni neste material os 5 principais temas que apareceram de forma recorrente em todos os relatórios analisados:

  1. FOCO NO BEM-ESTAR GERAL 
  2. REDEFININDO O TRABALHO REMOTO E HÍBRIDO 
  3. HUMANIZAÇÃO DO LÍDER E GESTOR 
  4. EXPERIÊNCIA DO COLABORADOR
  5. ATRAÇÃO DE TALENTOS  


Espero que goste e que isso possa te ajudar a criar estratégias, antecipar as suas demandas e planejar ações. 


1 - Foco no bem-estar geral 

Presente em 5 dos 12 materiais analisados, é a grande tendência de RH para 2023.

Ir além da saúde física e incluir saúde mental nas discussões e planejamento estratégico será o grande desafio para o time de recursos humanos. 

A busca constante do equilíbrio da vida pessoal e trabalho é um desejo de todos os colaboradores e as empresas precisam entender e fazer parte dessa decisão.

Isso é ter o foco no bem-estar geral. 

Os números chamam a atenção. 

Há um ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a Síndrome de Burnout, também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, como um fenômeno ocupacional. . 

Segundo dados de uma pesquisa divulgada pela representação brasileira da International Stress Management Association (ISMA), 72% das pessoas do país, ativas no mercado de trabalho, sofrem com alguma sequela de estresse e 32% delas têm sintomas de Burnout. São cerca de 60 milhões de pessoas. 

E os impactos no mundo corporativo são muitos e difíceis de quantificar financeiramente, pois vão além dessa questão. 

Com a perda de interesse do profissional adquirida por meio da Síndrome de Burnout, a tendência é que a produtividade do colaborador caia e isso prejudique demandas, podendo fazer até com que a empresa perca parte de sua lucratividade.

Além disso, é comum que quem é portador dessa Síndrome adote um tom mais negativo nas suas relações.

Isso para uma equipe pode ser bem prejudicial, afinal, quando uma pessoa do time não está 100% bem, o resto da equipe também tende a absorver isto. 

Em seu nono ano, a campanha de conscientização da saúde mental, o Janeiro Branco, incentiva as empresas a debaterem sobre qualidade de vida, estresse, depressão, e síndrome de Burnout com seus colaboradores.  

Pode ser uma boa forma de iniciar essa discussão nas organizações. 


2- Redefinindo o trabalho remoto e híbrido

Que a forma de trabalho mudou com a pandemia nem precisamos falar mais, é fato.

Os trabalhadores se adaptaram a um novo modelo de trabalho e retroceder agora pode representar um grande risco para as organizações. 

Uma pesquisa realizada pela ADP, 64% dos funcionários considerariam procurar um novo emprego se precisassem retornar ao escritório em período integral e, segundo o Linkedin, os trabalhos remotos, que representam cerca de 20% de todos os empregos na rede, receberam mais de 50% de todos os pedidos de emprego.

É uma conta difícil de fechar. 

Definir políticas claras sobre o tema, onde todos saibam como, onde e quando o trabalho é realizado. Acompanhar a produtividade e entregas desse período além da integração e com a cultura da organização facilitará as conversas sobre esse tópico. 

Não haverá um só modelo, cada empresa irá se adaptar à sua cultura e direcionamento estratégico. É importante que essa política esteja muito clara para que os colaboradores possam entender e analisar e estão dentro das suas pretensões.

O curioso é que enquanto discutimos esse modelo aqui no Brasil, países da Europa, como Portugal, já estão testando a semana de 4 dias. Fizemos avanços consideráveis, mas ainda estamos longe de ser exemplos e ditar tendências. 

3 - Humanização do líder e gestor 

A velha máxima de que as pessoas não deixam as empresas e sim seus líderes, nunca esteve tão presente, afinal, eles são a “cara” da organização para os colaboradores. 

E no atual ambiente de trabalho, isso fica mais evidenciado e exige que os líderes sejam mais autênticos, empáticos e adaptativos. Esses três imperativos representam um convite a um novo tipo de liderança: a liderança “humana”.

Abaixo texto na íntegra do Gartner para inspirar: 

"À medida que as organizações e a sociedade evoluem, também aumentam as expectativas em relação às responsabilidades do líder, tornando sua função cada vez mais complexa. 

Ainda que líderes de RH tentem inspirar compromisso, coragem e confiança em outros líderes para ajudá-los a aceitar esse convite, ainda há pouca liderança humana, em geral. De fato, compromisso, coragem e confiança são necessários a um líder humano eficaz; no entanto, as abordagens típicas de RH não consideram os obstáculos enfrentados. Esses obstáculos incluem suas próprias emoções (muito humanas) de dúvida, medo e incerteza. 

Para ajudar os líderes a atenderem à demanda por liderança humana e prepará-los para o futuro do trabalho, reconheça sua humanidade e aborde diretamente essas barreiras emocionais".


4. Experiência do colaborador

Embora seja um tema relativamente novo para o mundo de RH, cuidar da experiência do colaborador traz impactos significativos para a rentabilidade dos negócios, satisfação dos clientes e melhora considerável no ambiente de trabalho. 

O desafio é ajustar as expectativas do colaborador com os desafios do negócio, considerando o ambiente e todos os rituais que fazem parte da agenda corporativa. 
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Mudar consideravelmente o status quo da tradicional atuação de silos e processos para mapear a jornada do ponto de vista do colaborador, vivenciando suas dores e identificando os momentos que importam para ele nessa jornada é o grande desafio para as organizações. 

Conforme o Gartner, quando os funcionários relatam uma experiência positiva, eles são 60% mais propensos a permanecer na empresa, 69% mais propensos a ter alto desempenho e 52% mais propensos a relatar “alto esforço discricionário”, sendo um trabalho que eles fazem acima e além de suas responsabilidades diárias. 

E ainda, adotar uma abordagem centrada no ser humano para a experiência do funcionário também pode reduzir a fadiga no trabalho, em 44%, aumentar a “intenção de permanecer”, em 45%, e melhorar o desempenho, em 28%.


5 - Atração de Talentos  

A eterna guerra por talentos, já existente há tantos anos e tende a aumentar muito nos próximos meses, assim sendo, líderes de atração de talentos precisam urgentemente alinhar as necessidades dos negócios com as estratégias para atender diferentes cenários. Mostrar aos candidatos o valor das organizações e como elas apoiam os funcionários, será o segredo para garantir a atração e retenção dos talentos. 

Essa é uma prioridade para 46% dos líderes de RH, e 36% deles dizem que suas estratégias são insuficientes para encontrar as habilidades que eles precisam, segundo o Gartner.

A organização que conseguir realizar um processo ágil, transparente e respeitoso e investir nos tópicos abaixo, certamente ganhará preferência na escolha dos talentos. 


  1. Marketing de Recrutamento – direcionar esforços para engajar os candidatos com sua marca empregadora. 
  2. Engajamento de candidatos – estabelecer campanhas e comunicação estratégica para manter os talentos engajados, independente das vagas. 
  3. Experiência do Candidato – cuidar de toda a jornada do candidato, desde o momento de cadastro na oportunidade até o final do processo seletivo. 


Espero que tenha gostado e que isso possa te ajudar a criar estratégias, antecipar as suas demandas e planejar ações. 

Se quiser saber mais ou falar sobre o tema, deixe seu comentário ou me chama inbox. Será um prazer expandir e elevar essa conversa.  


Sobre a autora

Fernanda Capriotti - Sócia fundadora da Beeable, uma consultoria estratégica em atração de talentos.

"A área de Recursos Humanos é a mais importante de uma organização, portanto acreditamos que somente as pessoas podem transformar e mudar uma empresa".

Beatriz Nóbrega

Talent-Based Business | TOP HR INFLUENCER & TOP 100 PEOPLE | Conselheira, CHRO (as a service), Mentora (Liderança), Palestrante, Podcaster Desabafo Corporativo, Professora, Escritora, Investidora-Anjo, | Mãe do Rafael

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Excelente artigo.

Leandro Correa Martins

Pai da Nathy e da Manu | Consultor | Projetos | RH | Processos | Tecnologia | Cloud | Implementação de Sistemas HCM

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Leandro Correa Martins

Pai da Nathy e da Manu | Consultor | Projetos | RH | Processos | Tecnologia | Cloud | Implementação de Sistemas HCM

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Leandro Correa Martins

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Leandro Correa Martins

Pai da Nathy e da Manu | Consultor | Projetos | RH | Processos | Tecnologia | Cloud | Implementação de Sistemas HCM

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Os três temas mais importantes para 2023: 1. FOCO NO BEM-ESTAR GERAL  2. REDEFININDO O TRABALHO REMOTO E HÍBRIDO  3. HUMANIZAÇÃO DO LÍDER E GESTOR  Adorei! Fernanda Capriotti! Ótimo conteúdo.

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