Quando mais é mais!
Considerando a leitura do atual estágio da economia brasileira e tendo a atenção redobrada no tocante as propostas para área dos postulantes ao cargo de Presidente da República, concluo, diferentemente da máxima da moda, a qual indica que “menos é mais”, neste caso que “mais é mais”.
Explicando melhor. Alguém em sã consciência imagina que bravatas, bem-estar a custa do Estado e tantas outras promessas “casquinhas” são capazes de equacionar e solucionar os graves problemas econômicos do Brasil?
Quem tem um mínimo de senso coletivo sabe que a resposta é não! Não há solução mágica na economia.
Os governantes ao longo anos não fizeram a lição de casa. Sem estruturar a economia para que permitisse o chamado crescimento sustentado, o País perdeu o bonde da história. Combatemos a inflação, talvez um dos poucos legados do período pós-governos militares, mas fomos incapazes de levar em frente às reformas estruturais.
Nos últimos anos convivemos com o artificialismo econômico. O País gerou uma falsa sensação de bem-estar, que não se sustentou ao longo dos anos. Geramos riquezas, aproveitamos o bom momento econômico do mundo todo e não avançamos uma linha no caminho da sustentação econômica. Fomos os novos ricos que imprudentemente gastaram todo seu dinheiro. O País torrou o dinheiro com a máquina do Estado e quando passou a euforia, potencializada por crises internacionais, a falta de gastos em investimentos nos tornou frágeis.
No desespero foi induzido o endividamento das famílias, gerando tempo adicional deste fantasioso bem-estar. Isso serviu para o projeto de poder tão somente. O tempo passou e a conta chegou. Dois anos de recessão, com a economia ainda patinando, atingiram em cheio o trabalhador, sendo mais 13 milhões de desempregados e com aumento da informalidade. Tudo isso inimaginável para o tamanho da economia brasileira, mas é a realidade, dura e crua.
A pergunta necessária: queremos este artificialismo para os próximos anos? Vamos brincar de gerenciar as contas públicas? Não faremos o ajuste fiscal, mesmo que isso represente sacrifícios ou iremos simplesmente acreditar que o modelo questionável que nos trouxe a este momento de marasmo resolverá nossos problemas?
Temos que ficar de olho nas propostas dos candidatos. Para uma adequada leitura precisamos pensar mais no que pode ser feito para a população como um todo e não no que cada um nós, individualmente, perderá, como é caso, por exemplo, da reforma da previdência social.
Temos que esperar muito mais dos candidatos e não somente posicionamentos isolados sobre temas polêmicos. Gestão de um País não se terceiriza, ou há propostas concretas ou entraremos em nova aventura econômica.
Devemos redobrar a atenção no tocante às propostas dos candidatos a presidência da república, notadamente o que pretendem fazer na economia.
Economia forte, cidadão com qualidade de vida. Pense nisso. Em economia, mais é mais!