As tendências comportamentais em projetos: Tempo
“Falta de tempo é desculpa daqueles que perdem tempo por falta de planejamento”.
Albert Einstein
Entre tantas apresentações em clientes, recordo de uma oportunidade onde fui chamado para demonstrar o que o gerenciamento de projetos propunha. Após uma explicação detalhada, perguntei qual era a percepção sobre a aplicação do planejamento com ferramentas e técnicas consagradas. De imediato a diretora da organização comentou que a proposta tinha lógica, porém o principal problema era que suas equipes estavam tão assoberbadas que não tinham tempo para aplicar as boas práticas. Dada a colocação, solicitei que ela imaginasse um mundo onde teria todo o tempo que quisesse.
— Como assim? – ela indagou.
Novamente, solicitei que imaginasse que, a partir daquele momento, as equipes teriam o prazo que desejassem para planejar.
— Então me diga, perguntei a ela: como você conduziria o planejamento dos seus projetos?
Dez segundos se passaram e ela não conseguiu formular uma resposta. Então afirmei:
— Seu problema nunca foi falta de tempo, e, sim, o fato de não saber planejar.
Tempo nunca será um problema pela sua existência, pois tempo pode ser um ativo fixo dado o fato que todos temos a mesma quantidade de tempo durante variável, pois concebemos o tempo e usamos o tempo de formas diferentes, o que é imutável é a certeza de que a forma como investimos e usamos nosso tempo define quem somos, aquilo em que acreditamos e quem importa mais para nós. Para os líderes que querem sustentar seus desejos e fazer a mudança acontecer, o tempo se torna uma disciplina chave para sustentabilidade, porque os líderes que desejam expressar um novo comportamento ou criar um novo padrão de comportamento só podem fazer sendo intencionais quanto ao uso do que fazem do tempo.
A boa notícia é que todos os líderes sempre têm um espelho para se mirar, um espelho que substitui a hipocrisia pela credibilidade: a agenda. Uma agenda reflete aquilo que fazemos e não o que falamos, e ela oferece um olhar verdadeiro sobre nossas prioridades do passado e do futuro. Distorcer ou ignorar a evidência desse espelho inevitavelmente leva a expectativas irrealistas e falsas esperanças.
Para tomar consciência de como usa seu tempo, comece articulando suas propriedades , estabeleça o que a seu ver é mais importante para você na sua vida profissional social e familiar, em seguida veja a sua agenda dos últimos 90 dias e veja quanto tempo você dedicou a essas prioridades, com base nessa análise não se deixe cair nos vícios da rotina, lembre-se que na vida, há sempre coisas muito importantes para as quais não encontramos tempo. Convencemo-nos de que elas podem esperar e, com isso, perdemos grandes oportunidades de fazer a diferença.
O exercício abaixo adaptado do livro de David Ulrich e Norm Smallwood – Sustentabilidade da Liderança, é uma excelente prática para iniciar essa jornada.
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