Sabia que comunicar não é somente ou simplesmente falar?
Sem dúvida uma arte pouco apreciada entre os seres humanos, a comunicação é essencial e fundamental, porém poucos dão importância, pois acreditam ser exímios praticantes ou comunicadores. Mas será que você se comunica ou apenas fala? Você já não se deparou com situações do tipo: “mas isto é óbvio”, “eu já sabia”, “mas porque você não perguntou”, “eu pensei que ...”, “eu imaginei que ...”. Tudo isto acontece, pois, os diálogos entre os interlocutores são poucos produtivos e minimamente eficientes.
Quando falamos de grandes corporações, este assunto se torna ainda mais importante, pois todos devem estar alinhados e na mesma sintonia. Segundo Welch (2015) “a comunicação interna reforça a eficácia organizacional, uma vez que contribui para relações internas positivas, permitindo a comunicação entre administradores e empregados. Paradoxalmente, a comunicação interna também pode representar uma ameaça para as relações organizacionais, quando a má comunicação se torna contra produtivo. Os benefícios potenciais da comunicação interna necessitam de mensagens adequadas, em formatos úteis e aceitáveis. Consequentemente, é necessário conhecimento sobre as preferências dos sujeitos que se comunicam”.
Talvez a maioria das pessoas não saibam, mas conforme estudos e metodologias, o conteúdo que falamos é composto aproximadamente de:
- De 4 a 7% de comunicação,
- De 25 a 30% ao modo que se fala e
- De 60 a 70% de expressões e gestos
Ou seja, nem tudo que é som, é comunicação. Se comunicar, vai muito além de expressar som ou seguir uma linha de raciocínio, é uma arte e um processo do qual necessita concentração, foco e objetivo. Atributos do qual adquirimos com muito estudo e aperfeiçoamento. No livro “O Corpo Fala” de Pierre Weil e Roland Tompakow, isto fica claro, onde a forma clássica (verbal e escrita) de se comunicar não é a totalidade.
No Brasil, segundo o relatório "Alfabetismo e o Mundo do Trabalho", feito pelo Instituto Paulo Montenegro (IPM) e a ONG Ação Educativa, há cinco níveis de alfabetismo funcional:
- analfabeto (4%)
- rudimentar (23%)
- elementar (42%)
- intermediário (23%) e
- proficiente (8%).
* Lembrando que, o grupo dos analfabetos mais o rudimentar são considerados analfabetos funcionais.
Já a terceira classe (Elementar) são aquelas pessoas que consegue realizar as operações básicas na ordem de milhar como: total da compra, valor do troco ou valor das prestações sem incidência de juros. Além de comparar ou relacionar informações numéricas ou textuais expressas em gráficos ou tabelas simples, envolvendo situações de contexto cotidiano doméstico ou social e reconhece significado de representação gráfica de direção e/ou sentido de uma grandeza (valores negativos, valores anteriores ou abaixo daquele tomado como referência).
Em resumo, o estudo publicado pelo IPM junto com a ONG nos apresentam dois panoramas:
- Poucas pessoas conseguem se comunicar com clareza
- Muitas pessoas possuem dificuldade em compreender o que está se comunicando.
Percebeu o problema de compreensão? Como podemos ultrapassar esta barreira, este desafio?
Pois bem, já dissemos anteriormente que a comunicação não está só no som que emitimos (fala), mas no conteúdo, nos gestos, na face, ou seja, existe todo um mecanismo que resulta em comunicação e como podemos realizar isto de maneira satisfatória?
Pratica – Assim como a celebre frase que já conhecemos, “A pratica leva à perfeição”, logo é importante sempre que possível, praticar. Pois é através dela que teremos a oportunidade de aplicar tudo que aprendemos e ainda melhor, errar e descobrir formas para alcançar o sucesso.
Honestidade, clareza e transparência – Durante a comunicação, evite rodear, evite inverdades ou omitir, isto não lhe trará resultado algum, ao contrário, criará um efeito bola-de-neve, onde quanto mais protelar em dizer algo, maior é problema do qual você está se metendo.
Pesquisa – entende o melhor canal onde se comunicará, o perfil do público ao qual se comunicará, isto é extremamente importante, pois cada um possui uma forma de interpretar. No início do texto destacamos o perfil do brasileiro quanto a se comunicar e receber a informações, a forma como se comunica com um grupo, não será a mesma para os demais. Não esqueça também do seu objetivo, aonde você quer chegar com esta comunicação. Saiba muito bem para onde quer ir, pois isto lhe trará diretrizes para realizar uma comunicação clara e precisa.
Além disto pesquise o assunto, ter domínio sobre a mesma é importante, pois durante a comunicação podem haver perguntas. Está preparado para tal?
Boas referências – utilize fontes confiáveis e autores que possam sustentar suas colocações durante a comunicação. Não caia no usual, fortalecer apresentando as fontes, sem dúvida fará com que a pessoa que está ouvindo tenha a segurança e sensação de que, o que está sendo dito é uma verdade e tem fundamento.
Boa propaganda e boas entregas – o melhor marketing não é o que divulgamos, mas as entregas e a qualidade que damos ao produto, cliente feliz, garantia de sucesso. Se o seu público entendeu a mensagem, garantia de sucesso.