Ser especial ou ser feliz? Uma reflexão para o Ano Novo.

Ser especial ou ser feliz? Uma reflexão para o Ano Novo.

Não são necessariamente opostos... é possível ser especial e ser feliz, mas a pergunta é: Ser especial para quem?

Sentir-se feliz tem origem e destino em mim mesmo; são os sentimentos de realização e alegria que cultivo, sendo especial em relação a pessoas queridas que percebo que também me veem como especial em suas vidas. Também com valores e crenças com os quais eu dialogo, buscando equilíbrio para minha vida. Uma relação entre iguais.

Mas a amargura surge quando nos colocamos subalternos em relação àqueles a quem queremos que nos reconheçam como especiais. Quando desistimos de definir e valorizar quem somos e oferecemos este poder a pessoas, grupos ou ideias que não podemos questionar, porque então não mais os perceberíamos como especiais (ou não mais seríamos percebidos como tal). Perdemos então o amor-próprio.

Alguns de nós carregamos desde cedo uma ideia do que seria “ser especial”, possivelmente por influência da educação que recebemos em casa e do nosso desenvolvimento. Não refletir sobre essas expectativas pode nos levar a carregar um fardo pesado que eclipsa a essência de quem somos.

Talvez você queira, sob a inspiração do Ano Novo, se perguntar se há uma contrapartida equivalente em comunhão e felicidade a quem ou no que você procura ser especial! Existe uma conexão verdadeira entre a busca de ser especial e sentir-se feliz? Quais alegrias autênticas almeja?

Feliz Ano Novo! Feliz Hanukah! Feliz Kwanzaa[1]

[1] A palavra Kwanzaa é de origem suaíli e significa "a união nossa", segundo a Wikipedia