Trabalho social e conexão entre diferentes culturas e países.
Envolvimento de embaixatrizes e demais cônjuges de chefes de missão em trabalhos sociais e seus aspectos interculturais.
Exercer atividades de apoio a pessoas em situação de vulnerabilidade, meio ambiente, animais, dentre outras áreas têm sido um caminho cada vez mais percorrido por muitos de nós. Os benefícios dessa jornada são inúmeros, indo desde contribuições para o autoconhecimento e aperfeiçoamento de habilidades interpessoais até impactos positivos na saúde mental. Quando esse olhar sobre o campo social extrapola fronteiras, outras contribuições à edificação do ser humano podem ser observadas.
Um estudo da Universidade de Indiana investigou os processos de aprendizagens advindos de trabalhos voluntários internacionais. Foram avaliados estudantes dos Estados Unidos que participaram de programas de aprendizagens baseados em trabalhos voluntários (PABV) em outros países. A pesquisa indicou ganhos expressivos para os estudantes em cinco áreas: comunicação, cultura, conexões, comparações e comunidades. São melhorias como: aprendizagem de nova língua, respeito a diferentes culturas, alta conexão intercultural, dentre outros.
De fato, a interculturalidade potencializa os processos de aprendizagens já observados em diversos estudos sobre o trabalho social voluntário. Essa relação entre pessoas de grupos sociais e culturas diferentes é pujante no Grupo dos Cônjuges dos Chefes de Missão (GCCM). Com sede em Brasília e orbitando o universo das Embaixadas, a rede de cônjuges de Embaixadores e Embaixadoras apoia projetos sociais por meio de doações e trabalho voluntário. Essa atuação do grupo acelera a conexão entre seus integrantes com a cultura brasileira, potencializando as mesmas cinco vertentes observadas no estudo realizado com estudantes norte-americanos.
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Do lado do Brasil, a relação com o GCCM potencializa o impacto social. Uma das instituições beneficiadas pelo Grupo é a Creche São Francisco da Estrutural do Distrito Federal. Os bazares e angariações de recursos realizados pela rede viabiliza boa parte do custeio da creche, garantido dignidade a mais de 40 crianças. Mas não se trata apenas de recursos financeiros. A Presidente da instituição, Cida Dias, relata a riqueza dessa conexão. “O que as nossas crianças mais precisam é de alguém para dar um colo, é de amor. Esse é o maior presente para elas”. A mesma profundidade de aprendizado é traduzida pela fala da Embaixatriz da Singapura e Vice-Presidente do GCCM, Yumi Ng. Em suas palavras, “Todos tem alguma história para contar. E a gente recebe muito delas: a experiência de vida, a esperança.”
São olhares e experiências que elucidam não apenas a potência da interculturalidade como exemplificam a jornada humana pelo propósito. Para além disso, são relatos que nos mostram que a conexão humana está no caminho do amor, independente da nacionalidade.