Uma Abordagem Sociológica sobre o Conflito de Raças

O dia é de comemorar a Consciência e o Orgulho da Raça Negra, que há muito busca seu espaço no Mundo e luta pelo fim do preconceito e pela igualdade de direitos com o Homem Branco. Em homenagem a eles e a outras raças e etnias, que são excluídas e rechaçadas pela sociedade, proponho uma breve reflexão.

De acordo com a Bíblia, Deus fez o Homem à sua imagem e semelhança, com a capacidade de procriar a espécie e construir um mundo ideal para o convívio em sociedade, uns respeitando as diferenças dos outros, mas o que vemos são rastros de desrespeito e degradação social por toda parte, desde os primórdios da história até os dias de hoje, e quem perde com tudo isso não são somente os negros, mas toda a humanidade. Perdemos a oportunidade de viver e conviver em paz uns com os outros.

Nelson Mandela – Grande Líder Sul Africano que lutou contra o Apartheid - certa vez disse:

“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.” 

Negros são, pois, filhos do mesmo Pai tal qual os brancos, os amarelos, os índios, e tantas outras raças e etnias que não só os distinguem, mas, infelizmente, os definem. Os Negros são, desde o início dos tempos, marginalizados pela sociedade, vítimas de violências verbais e até físicas constantes e revoltas acontecem em razão disso.

Leis e normas de condutas foram criadas para dar aos negros os mesmos direitos dados aos brancos, em grau de igualdade. Ocorre que poucos percebem, mas, o feriado da Consciência Negra, tal qual a Cota Racial para ingresso a Universidades, e tantas outras conquistas raciais, são símbolos de libertação e ao mesmo tempo de discriminação social, controversamente. Libertação, pois, por meio delas conseguiram direitos equivalentes aos dos brancos, colocando-os em grau de igualdade. Por outro lado, a criação de leis e normas que determinam condutas sócio raciais são também instrumentos de discriminação, pois colocam os negros como hipossuficientes intelectualmente se comparados aos brancos, uma vez que precisam estabelecer leis e normas de conduta para se equipararem. É errado pensar dessa forma! Precisa-se ir no cerne da questão: a igualdade por oportunidades – a começar pela educação -, onde de fato a desigualdade se mantém, e se esta não for mudada, nada mudará.

É preciso dar aos negros os mesmos direitos dados aos brancos sem qualquer distinção de raça, não por meio de leis e normas de condutas, que separam cada vez mais seus universos, mas unindo-os através de condutas de igualdade de condições e oportunidades não positivadas por qualquer lei ou norma, pois só assim negros e brancos se respeitarão mutuamente a alcançarão a paz sócio racial, possibilitando que o Mundo prospere socialmente.