Uma cultura inovadora, Estamos Prontos?
O volume de matérias, estudos, vídeos, conteúdo em geral falando sobre a nova Cultura Inovadora, que parece acompanhar a chegada da Indústria 4.0, chega a ser assustadora. Não sei você mas diariamente me pergunto, e agora, o que será que preciso aprender para não perder esse "trem" e estar alinhado com o que o mercado precisa?
O termo cultura inovadora traz consigo 2 elementos que precisamos entender. Falamos de cultura, que como disse o criador da EasyTáxi, o Tallis Gomes, cultura é tudo aquilo que acontece quando o gestor não está na empresa, é o jeito da empresa funcionar organicamente, a maneira que as pessoas fazem no negócio acontecer no dia a dia. Ainda o outro elemento refere-se a inovação, que nada mais é do que facilitar processos ou resolver dores até então mal resolvidas ou ainda não resolvidas, com ações das mais básicas às mais complexas. Então resumindo temos um novo jeito de viver o dia a dia das organizações. Metodologias ágeis, simplicidade, velocidade, menos paredes mais contato, menos formalidade, mais resultado.
A poucos dias fazia minha leitura diária em um dos portais que assino, a Harvard Business Review Brasil, e me deparei com o artigo que dizia: "A dura realidade das Culturas Inovadoras" do autor Gary P. Pisano. Fiquei intrigado com o título, já que a maioria dos conteúdos costuma defender e não "meter o pau" na inovação.
"Apesar do fato de que culturas inovadoras são desejáveis e que a maioria dos líderes alega entender o que significam, elas são difíceis de criar e manter. Isso é intrigante. Como práticas aparentemente tão universalmente apreciadas — até divertidas — podem ser tão difíceis de implementar?"
Gary P. Pisano discorre que apesar da visão moderna, divertida, colorida e aprecisada por todo o mundo corporativo, é necessário compreender a necessidade de contrabalancear por alguns comportamentos mais rigorosos e claramente menos divertidos. Tolerância ao fracasso requer intolerância à incompetência. A disposição para o experimento exige disciplina rigorosa. A segurança psicológica requer conforto com a franqueza absoluta. A colaboração precisa ser equilibrada com responsabilidade individual. E um sistema de nivelamento requer forte liderança. Culturas inovadoras são paradoxais. A menos que tensões criadas por esse paradoxo sejam cuidadosamente administradas, qualquer tentativa de criar uma cultura inovadora fracassará.
Estamos prontos para:
1 - Tolerância ao fracasso requer intolerância à incompetência. (?)
2 - A disposição para o experimento exige disciplina rigorosa. (?)
3 - A segurança psicológica requer conforto com a franqueza absoluta. (?)
4 - A colaboração precisa ser equilibrada com responsabilidade individual.(?)
5 - E um sistema de nivelamento requer forte liderança. (?)
Me parece que algumas dessa condições já estão no nosso dia a dia (teoricamente), como colaboração, uma liderança forte e preparada, comunicação e franqueza, e etc. O que você acha? Estamos no caminho? Eu creio que sim. Mas ainda há um longo caminho a percorrer, afinal estamos falando de gente, e nunca será fácil, mas sim possível.
Nos próximos artigos quero detalhar cada item e conto com a sua discussão para construirmos um panorama ainda mais rico, combinado?
Enquanto isso, qual sua opinião sobre Cultura Inovadora? O quanto o ambiente em que você trabalha já mostra sinais de mudança?
Até o próximo artigo, falando sobre: Tolerância ao fracasso requer intolerância à incompetência.
Um forte abraço,
Marcos.
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