Vírus organizacionais que afetam o processo de mudança nas empresas
Quantas vezes na sua carreira você já tentou implementar uma mudança e ela não deu certo?
O nosso diagnóstico do fracasso costuma ser sempre o mesmo: os gestores foram resistentes.
O que eu vim te trazer hoje é uma forma de detalhar mais esse diagnóstico do fracasso., afinal, quanto mais específico o diagnóstico do vírus, mais efetivos podemos ser na cura.
Todas as empresas têm vacas sagradas, normas e padrões de pensamento e comportamento que prejudicam a saúde da empresa.
Uma maneira de pensar sobre essas crenças e práticas é como vírus. Se você pensar nelas como partes naturais da empresa, é fácil encolher os ombros e aceitá-los como fatos da vida.
Mas se você reconhecer a maneira como eles podem paralisar suas ações, fica claro que eles são tão perigosos para a sua cultura corporativa como os vírus de computador são para os seus sistemas de TI corporativos.
Eles compartilham outro recurso dos vírus: eles são mais fatais quando não são reconhecidos.
Quando a organização detecta um vírus cultural que impede que as coisas aconteçam o mais rápido que deveriam, pode tomar medidas para eliminar o bloqueio.
Vou listar a seguir alguns dos vírus mais comuns que afetam as pessoas quando o assunto é mudança :)
- A linha ofensiva: criticam tudo, mesmo antes das coisas acontecerem.
- O falso positivo: conversam sobre tudo, costumam ser excessivamente gentis, mesmo que discordem do que está sendo feito.
- O consenso oculto: confundimos participação com consenso. Nós achamos que todo mundo tem que concordar antes de agirmos, então as pessoas dizem que concordam quando na verdade eles não concordam com nada.
- A casta: valor por hierarquia. Julgamos pessoas por seu título e classificação, em vez de olhar para o seu desempenho ou competência.
- O espelho retrovisor: voltam-se para o passado, olham sempre pelo espelho retrovisor. Ficam com tanto medo de perder a sua herança na empresa que não mudam a cultura e ficam trancados em velhos hábitos.
- Mania de atividade: gostam de ser ocupados, o seu distintivo de honra são agendas cheias, mesmo que excluam pensamentos e resultados. Escondem-se atrás da sua “ocupação”.
- Competitividade narcisista: gostam de ganhar como indivíduos, não como equipes.
- Mania de processo: estão tão consumidos pelo processo que não se concentram em resultados.
- Defletor complacente: muito obedientes, esperam para fazer o que é dito a eles e delegam responsabilidades para cima.
- Desalinhamento: desarticulamento de ações. Não vêem o quadro geral e como o seu trabalho se encaixa no estratégia; tendem a se perder nos detalhes.
- Esponja cheia: troca excessiva de projetos. Tem um problema de capacidade com muitas mudanças acontecendo ao mesmo tempo; estão esgotados e estressados com a mudança; não podem deixar as coisas fluírem para não se esgotarem mais.
- Sabor do mês: pulam de programa para programa; não há iniciativas integradas; existe cinismo sobre "novos" programas; acabam em desordem de caminho a ser trilhado. Perdem confiança.
- Todas as coisas para todas as pessoas: tem muitas prioridades; cada boa ideia ganha energia e atenção, mas não segue adiante; não dizem não; não estão focados nos pontos críticos.
- Ambiguidade da autoridade: não está claro quem deve fazer a prestação de contas. Para a equipe do projeto, ninguém tem certeza de quem é responsável, portanto ninguém é.
- Antipatia do cliente: não incluem critérios e preferências dos clientes em seus pensamentos, pois estão focados internamente.
- Crise pulsante: quando existe uma crise no mercado, agem decisivamente; então esperam a próxima crise para agir novamente.
- Mostre-me os resultados: resultados são a regra. Gostam de resultados - de qualquer maneira, a qualquer momento, a qualquer custo - não se preocupam com o processo.
- Turfismo: Meu negócio vs. "nosso" negócio. Às vezes, defendem o seu território em detrimento do todo da organização.
- Mate o mensageiro: não compartilham más notícias mesmo que seja uma falha.
- Indo para a grande vitória: olham para a mega mudança que resolverá todos os problemas ao invés de começar aos poucos.
- Perfeccionismo: caminho certo ou de jeito nenhum. Tem que ter a resposta perfeita antes de fazer qualquer coisa.
- Sustentabilidade: não sustentam as mudanças que começaram.
- Resposta glacial: De quem é a decisão? Não podem tomar decisões rapidamente.
Agora eu quero saber de você, reconheceu algum desses vírus na sua empresa?
Eu te sugiro agora iniciar o scanner de identificação dos vírus que existem na sua empresa que impedem que a mudança aconteça. Se você reconhecer a maneira como eles podem paralisar sua ações, fica claro que eles são tão perigosos para a sua cultura corporativa como um vírus de computador é para os seus sistemas de TI corporativos.
Mas me conta você, quais desses vírus você já enfrentou e ainda enfrenta na sua empresa?
Me conta tudo aqui nos comentários 😘
Marca aqui no post alguém que precisa ler isso :)
Ps.: conteúdo inspirado no autor Dave Ulrich
Relações Públicas, especialista em Comunicação Interna
5 aPaloma Reis Taiara Menegotto