Viver para Aprender ou Aprender para Viver?
Com a idade as pessoas se sentem tentadas a ficar onde estão, reservando o direito de se orgulhar das experiências e prêmios conquistados, mas quem tem o lifelong learning como se fosse uma vitamina diária, pensa bem diferente. Veja por exemplo os empresários Abílio Diniz e o João Paulo Lemann. Esses dois titans do empreendedorismo brasileiro têm estilos bem diferentes um do outro. O primeiro tem 84 anos, adora falar, palestrar, ensinar e impor o seu estilo. O segundo tem 81, é extremamente discreto, observador, de fala mansa, evita os holofotes e os jantares de negócios. Mas o que eles têm em comum além de se dedicarem muito às suas famílias? A insaciável manutenção da jovialidade mental, espiritual e física.
Nunca é tarde para aprendemos o novo. Para fazermos a diferença em nossas atividades, precisamos estar abertos para o desenvolvimento de novas habilidades e competências. Quem é da geração X, como eu, ou um baby boomer, o lance era fazer uma graduação para garantir um canudo e uma remuneração melhor. Os mais ambiciosos e menos preguiçosos faziam uma pós e ganhavam um upgrade substancial no salário. A partir daí, meio que pararam no tempo, achando que era o suficiente para tocarem a vida em seus empregos confortáveis, onde se não fizessem uma besteira muito grande, ficariam até a aposentadoria, fossem eles do serviço público ou não. Mas esse tipo de profissional já era.
A Inteligência Artificial está tirando diversos trabalhos repetitivos. Na Era Digital, decorar nomes e datas, analisar fórmulas, dados complexos e textos jurídicos, instalar os painéis eletrônicos dos SUVs, levar e trazer de volta os tripulantes da estação espacial, separar os pacotes da Amazon, são papéis para os robôs da Inteligência Artificial. Eles são incansáveis, não precisam de férias ou tíquete restaurante. Estão ficando cada vez mais feras em suas habilidades técnicas. Segundo a Universidade de Oxford, 47% dos empregos atuais desaparecerão nos próximos 20 anos. A nossa sorte, é que eles não têm consciência artificial, ainda.
Segundo o Forum Econômico Mundial, as habilidades comportamentais mais exigidas de agora em diante são:
1. Resolução de problemas complexos
2. Pensamento crítico
3. Criatividade
4. Liderança e gestão de pessoas
5. Colaboração
6. Inteligência emocional
7. Capacidade analítica/julgamento e tomada de decisões
8. Orientação a servir
9. Negociação
10. Flexibilidade cognitiva
APRENDER, mais do que nunca, se tornou uma necessidade cíclica infinita, onde o segundo passo é DESAPRENDER e o terceiro REAPRENDER, como bem dizia o futurista Alvin Toffler.
Tudo ficou muito rápido, ou ágil, que é a palavra da moda no mundo corporativo, e muitos dizem que não há tempo a perder com textos que tenham mais do que alguns minutos de leitura. Concordo em termos, mas precisamos saber filtrá-los. Se você não sabe para que está lendo ou browseando pelas mídias, qualquer texto se torna chato. Precisamos ser estratégicos e absorver conteúdos em pílulas através de minicursos para completarmos constantemente o aprendizado, e a pandemia está sendo maravilhosa nesse quesito. Universidades como Harvard, Stanford, Oxford, Cambridge, Sorbonne, Barcelona, USP, Unicamp, ESPM, FAAP, PUC, entre tantas outras, estão disponibilizando várias destas pílulas gratuitamente, é só se inscrever. Temos ainda plataformas de start-ups que cobram pouquíssimo por cursos incríveis, como a Start-se, Udemy, Hotmart, Coursera, Ciatech, etc.
Então por que arriscar em não querer aprender mais do que você já sabe? Os robôs estão na nossa cola, então bora correr!
Gestor | Consultor | Palestrante | Especialista Setor Automotivo
3 aÓtimo texto Maurício Barcellos! 👏🏻👏🏻🚀🚀
Conselheiro de Administração | Consultor | Anfitrião no Pensamento Corporativo®
3 aBoa, bro! Lifelong learning. Acrescente: 'reinventar-se' 👏