"Estamos aqui para comunicar seu desligamento."
Com raras exceções, este é o momento que nenhum empregado deseja enfrentar — e também não é fácil para quem comunica.
Em 2023, as demissões em massa no Brasil cresceram 16,7%, reflexo de transformações organizacionais. Porém, quando mal conduzidas, essas ações podem gerar consequências graves. Ao refletir sobre esse cenário, lembro-me das experiências que vivi liderando processos de layoff em grandes companhias.
Na área de Operações de RH, frequentemente não temos o poder de decisão sobre quem será desligado ou quando. No entanto, aprendi que, mesmo sem decidir, podemos influenciar positivamente ao garantir um planejamento cuidadoso e ações que respeitem o empregado:
🧑🤝🧑 Conduzir conversas individuais: Valorizar as contribuições do empregado e dar espaço para que ele reaja ao momento sem a presença de outros.
🧠 Capacitar líderes: Explicar o real motivo da reestruturação e a razão pela qual aquele empregado foi escolhido, garantindo clareza e empatia.
📋 Antecipar dados: Fornecer detalhes como a data limite para uso dos benefícios, possíveis descontos e uma simulação dos valores rescisórios, reduzindo a ansiedade.
✅ Criar manuais: Orientar os empregados sobre os próximos passos, ajudando a organizar um momento confuso e emocionalmente carregado.
❤️ Oferecer apoio emocional: Disponibilizar suporte a quem está sendo desligado, a quem permanece na empresa e a quem conduz o processo, que também absorve uma alta carga emocional.
⚖️ Garantir conformidade: Assegurar que todos os direitos sejam cumpridos e comunicar isso de forma clara, evitando inseguranças ou desconfianças.
Embora os desligamentos sejam inevitáveis em algumas situações, com planejamento e empatia, é possível atenuar os impactos e demonstrar comprometimento com as pessoas envolvidas, independentemente das circunstâncias.
Se você já enfrentou ou liderou situações como essa, compartilhe suas reflexões. É por meio do diálogo que construímos práticas mais justas e humanas.
