Adaptando-se ao futuro: como a tecnologia está moldando as próximas carreiras
O avanço constante da tecnologia proporciona diversas soluções inovadoras de maneira rápida e vantajosa. Porém, ao mesmo tempo que esse crescimento desenfreado tem seus lados positivos, também levanta diversas preocupações.
Com a exploração cada vez mais avançada da Inteligência Artificial (IA), a automação e aprendizado de máquinas estão revolucionando a forma como trabalhamos, e com isso, o futuro de algumas profissões tem sido amplamente discutido.
Hoje a nossa concorrência no mercado de trabalho mudou. A IA tem apresentado o potencial de desempenhar um papel significativo na transformação de diversas empresas. O que antes nós enxergávamos como “coisa de filme”, agora já faz parte da nossa realidade.
A ameaça da automação
Com o aumento da automação de serviços, um questionamento muito comum que ouvimos hoje em dia é “será que a minha profissão ainda vai existir daqui a uns anos?”.
Devemos estar cientes de que funções repetitivas e previsíveis correm o risco de serem automatizadas. Atividades que requerem análise de dados, processamento de informações e tomada de decisões baseadas em padrões atualmente podem ser facilmente realizadas por sistemas de IA.
Ou seja, profissões como operações de caixa, atendimento ao cliente, analistas de dados, designer, contadores e até mesmo advogados podem enfrentar desafios à medida que a IA se torna mais sofisticada e capaz de realizar essas tarefas com precisão e eficiência - o que pode levar à redução da demanda por profissionais nessas áreas.
No entanto, é crucial considerar que, apesar dos avanços tecnológicos, alguns serviços, como os chatbots, ainda não são capazes de substituir totalmente a interação humana, que desempenha um papel fundamental em diversas situações. Diante disso, é válido questionar quais são as perspectivas futuras dessa colaboração entre seres humanos e máquinas?
Relatório futuro do trabalho 2023
Em maio, o Fórum Econômico Mundial lançou um relatório completo que oferece uma visão abrangente do cenário profissional em constante evolução. O documento destaca as transformações que o mercado de trabalho enfrentará nos próximos anos e como devemos lidar em relação aos empregos e habilidades do futuro.
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O relatório “Futuro do Trabalho 2023”, do Fórum Econômico Mundial, aponta que 23% dos empregos devem mudar até 2027, com a criação de 69 milhões de novas vagas e a eliminação de 83 milhões. A adoção da Inteligência Artificial é esperada por 75% das empresas, sendo que 50% acreditam que ela gerará mais empregos e 25% preveem uma redução.
Uma das principais conclusões levantadas no relatório é a importância da requalificação para acompanhar essas mudanças do mercado de trabalho. No entanto, as pesquisas mostram que apenas metade das pessoas têm acesso a treinamento atualmente, e 44% das habilidades individuais precisarão de atualização nos próximos anos.
Como se adaptar à transformação?
Embora a tecnologia possa representar uma ameaça para algumas profissões, acreditar que estamos caminhando para o fim é um pensamento limitado. É importante entendermos que ela também cria novas oportunidades.
Se reinventar é necessário à medida que algumas funções se tornam obsoletas. Profissões relacionadas às novas tecnologias e a sustentabilidade, como desenvolvedores de IA, especialistas em segurança cibernética e analistas de dados, estão em alta demanda e devem continuar crescendo no futuro.
Devemos considerar que a automação e a inteligência artificial podem realizar tarefas específicas, mas o valor humano e as habilidades socioemocionais continuam sendo insubstituíveis em muitos aspectos.
O desenvolvimento tecnológico também requer habilidades humanas exclusivas, como criatividade, pensamento analítico, empatia e habilidades de liderança, que continuam sendo valorizadas em várias áreas profissionais.
Podemos concluir que aqueles que abraçam as inovações sempre terão vantagem. Para se manter relevante no mercado de trabalho, é imprescindível acompanhar essas transformações e estar disposto a aprender e dominar os novos recursos e demandas. Tanto indivíduos quanto organizações devem ser ágeis em sua capacidade de aprendizado e capazes de se adaptar às tecnologias, em vez de evitá-las.
Ao adotar uma abordagem proativa e aberta à aprendizagem contínua, podemos enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que surgem nesse ambiente dinâmico, garantindo um futuro profissional promissor.